sexta-feira, agosto 28, 2015

Alter

Como a mente, sufocas por repouso
e o corpo sente, e o corpo...
Essa estreiteza esconsa no peito,
inquietude nervosa
que te paralisa...

O cão preto ladra todo o dia,
não te deixa dormir.

Estás nas mãos de Deus,
mas se Ele tivesse mãos
era tu,
e tu não estás nem aí,
ainda estando.

Se a vida não fosse um teste,
talvez pudesse ser divertida.

Aqueles em quem podes confiar
podem mudar de ideias, mudar...
Uns mudam, outros mudam-se,
alguns revelam-se.
Mudemos nós.

Na mente um caldo denso e morno,
e o corpo uma revista amarrotada,
templo abandonado,
alter dormente
onde homens pueris se refugiam,
coçando pruridos e iridescências
que inflamaram a Vontade
e que com eles apodrecerão.

A ouvir "A Little Bitter", de Alice in Chains. Em memória de Layne Staley.



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quarta-feira, agosto 05, 2015

Memórias do Festival... (clique aqui ou na imagem para a inusitada entrevista)