Instantâneo
unindo pares de olhos
sorridentes face à beleza
e à iniquidade do instante fugaz
em que tudo se esgota
e em que nos esgotamos nós,
a ponto de perdermos o amor
à voz, aos sentidos e aos próprios olhos,
sabendo do brilho que refulge tão ténue,
ainda assim guardado nas fotografias,
brevemente, até que tudo se distancie tanto
que nada do que somos alguma vez importe.
Etiquetas: Poesia Cordiana