Paredes
Movimento perpétuo;
O tempo amordaçado
No som mudo de um século
Em pantomima coreografado
E televisionado a preto e branco,
Depois a cores,
Que ao cinema também deu alento
O Paredes e as suas dores,
Que pelas mãos duras e decididas
De génio predestinado
Coloriu e fecundou a imaginação
De mil imagens, com a guitarra a seu lado.
Só Paredes quebrou paredes,
E todo o som brotou
E saciou todas as sedes;
Os cansaços atenuou.
Que um homem fez aos outros sentir
O que era ser quem eram;
Que de si mesmos não queriam fugir
Como outros que em si desesperam.
Pois o vagar não é paciente
E o ensejo não espera
O momento certo da gente
Fazer que o tempo perca.
Porque urge ser sublime
No bater do coração,
Na guitarra que sobe acima
Do Paredes, a respiração,
Que bem se ouve na reticência
Das notas da guitarra em suspensão
Como se ele inspirasse o fôlego
Dos dedos às cordas, vibração.
Só Paredes quebrou Paredes
Em todos os silêncios que derrubou,
Em todas as palavras secas
A saliva que guardou.
Só paredes quebrou paredes,
Som liquefeito no nosso imaginário,
Abraçando-o delicadamente,
Como brisa sibilante, fez o verso e o contrário.
O tempo amordaçado
No som mudo de um século
Em pantomima coreografado
E televisionado a preto e branco,
Depois a cores,
Que ao cinema também deu alento
O Paredes e as suas dores,
Que pelas mãos duras e decididas
De génio predestinado
Coloriu e fecundou a imaginação
De mil imagens, com a guitarra a seu lado.
Só Paredes quebrou paredes,
E todo o som brotou
E saciou todas as sedes;
Os cansaços atenuou.
Que um homem fez aos outros sentir
O que era ser quem eram;
Que de si mesmos não queriam fugir
Como outros que em si desesperam.
Pois o vagar não é paciente
E o ensejo não espera
O momento certo da gente
Fazer que o tempo perca.
Porque urge ser sublime
No bater do coração,
Na guitarra que sobe acima
Do Paredes, a respiração,
Que bem se ouve na reticência
Das notas da guitarra em suspensão
Como se ele inspirasse o fôlego
Dos dedos às cordas, vibração.
Só Paredes quebrou Paredes
Em todos os silêncios que derrubou,
Em todas as palavras secas
A saliva que guardou.
Só paredes quebrou paredes,
Som liquefeito no nosso imaginário,
Abraçando-o delicadamente,
Como brisa sibilante, fez o verso e o contrário.
Etiquetas: Poesia Cordiana
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