terça-feira, julho 26, 2005

Poemas da adolescência 13

Dedico-te estes versos sem saberes.
Nem gosto de poesia por obrigação,
mas quem quer ter direitos,
deve também ter deveres.
A propósito da brevidade do gesto,
escolhi-te para posares para mim.
Tinhas um jeito engraçado de andar
e eu lia nos teus olhos o “sim”
que a tua boca se dava a cantar.
Se não te souber descrever, não faz mal,
conheço os teus pequenos gestos.
Não são memórias perdidas, não.
Não são dolorosos momentos,
nem réstias de imaginação.
A propósito da brevidade do gesto,
optei por pensar em ti,
que, sem ti, que é feito da inspiração?
Tinhas um jeito engraçado de rir,
um pouco infantil até.
Lembro-me de tudo.
Da cabeça aos teus pés.
Lembro-me de que soavam lentos os teus passos.
Quando te aproximavas de mim,
sentia-te como cálidos ventos,
e pelo caminho, a teus pés prostrados,
os meus olhos em ti,
zéfiro-mulher dos meus tormentos.
Fica-me na memória a forma como seguravas o cigarro.
E nesse breve instante, um gesto sempre desconhecido.

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3 Comments:

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sábado, julho 22, 2006 6:29:00 da tarde  

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