quinta-feira, julho 28, 2005

Poemas da adolescência 14

A carne e a putrefacção,
beleza e danças de salão.
Amor e amizade,
traição e cumplicidade.
Oh!, dizes quão amargurado estou
e eu surpreendo-te a sorrir,
furiosamente a sorrir!
Depois, somos arrastados
por um irresistível fio de violinos d'oiro
e vemo-nos pela mesma efígie,
brandamente sorrindo para a morte.
E pensamos que as ondas nunca nos trucidarão contra a pedra,
sempre austera.
Presente, a morte não me olvidará?
Tempo, mataste a esquecer!
Trazes-te maltrapilho,
mas que personagem curioso...
Ora, não olharei para trás,
inventarei uma constituição,
uma assembleia em meu redor
onde instituirei a Terra do Sempre,
raiana à silhueta deste corpo.
E inventarei um teleférico
com tubos que deslizam sem defeito até à lua.
E mais: irei longe nesse teleférico.
Alcançarei outros planetas
e tudo será perfeito.
Tão perfeito... de vómitos.
Os objectos serão inquebráveis,
as esferas rolarão todas sem pigmentação.
O ser será... ou não?

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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»

sábado, julho 22, 2006 6:29:00 da tarde  

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