A Luís Vaz de Camões
De tanto ter para dizer nada digo
por tudo o que do mundo desconheço.
Mas serei eu novo no escrever e no apreço,
ou será que simplesmente não consigo?
Se não sinto ter o tempo em que me abrigo,
e me foge cá de dentro um fogo aceso,
deixo-me ir no vão inerme, a sair ileso
dessa selva a que não pertenço, essa tribo.
Por vezes escrevo para segurar o tempo,
que logo foge por entre os dedos, diluído;
Outras, durmo o tempo dissolvido e as ilusões.
Às vezes deixo de lado o que não entendo,
silencio na almofada o ruído,
que só o marulhar inspirou Camões.
por tudo o que do mundo desconheço.
Mas serei eu novo no escrever e no apreço,
ou será que simplesmente não consigo?
Se não sinto ter o tempo em que me abrigo,
e me foge cá de dentro um fogo aceso,
deixo-me ir no vão inerme, a sair ileso
dessa selva a que não pertenço, essa tribo.
Por vezes escrevo para segurar o tempo,
que logo foge por entre os dedos, diluído;
Outras, durmo o tempo dissolvido e as ilusões.
Às vezes deixo de lado o que não entendo,
silencio na almofada o ruído,
que só o marulhar inspirou Camões.
Etiquetas: Poesia Cordiana
2 Comments:
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