sábado, dezembro 17, 2005

A Luís Vaz de Camões

De tanto ter para dizer nada digo
por tudo o que do mundo desconheço.
Mas serei eu novo no escrever e no apreço,
ou será que simplesmente não consigo?

Se não sinto ter o tempo em que me abrigo,
e me foge cá de dentro um fogo aceso,
deixo-me ir no vão inerme, a sair ileso
dessa selva a que não pertenço, essa tribo.

Por vezes escrevo para segurar o tempo,
que logo foge por entre os dedos, diluído;
Outras, durmo o tempo dissolvido e as ilusões.

Às vezes deixo de lado o que não entendo,
silencio na almofada o ruído,
que só o marulhar inspirou Camões.

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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domingo, maio 21, 2006 11:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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sábado, julho 22, 2006 6:27:00 da tarde  

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