Palavra vulgar
Tantas palavras e letras;
tantas sentidas canções,
poemas de dor, alarido, tristeza,
e apenas uma palavra soletra
algo que vai perdido
em tantos corações...
Amor...
Tantos homens de riqueza
dizem-na como dor de consciência,
que também arde não se vendo;
vêem-lhe formas de beleza,
e não sentem penitência
em trair quem os vai amando.
E a palavra, comum, ordinária,
cai na boca da mulher que o fode,
repetindo a palavra corrente, vulgar,
"amor!", as vezes que pode...
Tantas quantas ele podia comprar.
Desvio o olhar.
Tanta choradeira e vociferação,
tanta gente nua, pés descalços no chão,
carne quase crua ao almoço,
outra vez pé descalço no Verão.
Venha mais uma imperial e um prego,
E seja Inverno; seja Verão...
Solidão e um campo aberto...
Companhia no deserto...
E a felicidade de não se estar certo
nem politicamente correcto.
Sem a pressa de chegar,
Carne crua come o cão na rua,
onde o faro o conduz incerto,
na calçada de contornos indistintos,
sob a lua.
E a palavra, trivial,
chega a ser ofensa
ao fazer do sublime, banal!
Quem diz um amor corriqueiro,
um amor usual,
não merece confiança,
porque engana o mundo inteiro!
tantas sentidas canções,
poemas de dor, alarido, tristeza,
e apenas uma palavra soletra
algo que vai perdido
em tantos corações...
Amor...
Tantos homens de riqueza
dizem-na como dor de consciência,
que também arde não se vendo;
vêem-lhe formas de beleza,
e não sentem penitência
em trair quem os vai amando.
E a palavra, comum, ordinária,
cai na boca da mulher que o fode,
repetindo a palavra corrente, vulgar,
"amor!", as vezes que pode...
Tantas quantas ele podia comprar.
Desvio o olhar.
Tanta choradeira e vociferação,
tanta gente nua, pés descalços no chão,
carne quase crua ao almoço,
outra vez pé descalço no Verão.
Venha mais uma imperial e um prego,
E seja Inverno; seja Verão...
Solidão e um campo aberto...
Companhia no deserto...
E a felicidade de não se estar certo
nem politicamente correcto.
Sem a pressa de chegar,
Carne crua come o cão na rua,
onde o faro o conduz incerto,
na calçada de contornos indistintos,
sob a lua.
E a palavra, trivial,
chega a ser ofensa
ao fazer do sublime, banal!
Quem diz um amor corriqueiro,
um amor usual,
não merece confiança,
porque engana o mundo inteiro!
Etiquetas: Poesia Cordiana
2 Comments:
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