sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Rua Crítica Literária aos Birbantes

Sentado, vincado à escrita que o não comove, merencório,
o mais vetusto poeta dos Birbantes ataviava-se em custosa
verborreia de ornamentação, por demais dispendiosa
para tão estudado missal e eremítico solilóquio.

Vizo, dizia ele, terminando um verso,
portas-meias, silêncios de ouro.
Digo eu, nesta noite do meu Inverno,
látego e sofrido de dispêndio mouro,
que aqui também Camões deixou tanto verso,
mas seguramente não o olho.

Deixou cá o corpo... se mais, não sei...
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei!

Mas Barahona vai mais longe!,
dispersado por flotilhas que diz ver
no passado, amanhã e hoje,
e é tão lábil que não teme escrever
o que bem lhe apetecer,
mesmo que ninguém o possa compreender!

Palavras como saxe, altercações mate,
se pela cor se distingue e não antes p'lo cheiro...
E o monólogo prossegue em Pássaro-Lyra,
obducto de impasse e charada e dislate,
e o autor esquece o leitor por inteiro;
antes intenta a vergôntea mentira,
tão intrincada, que passa por iluminação o disparate;
por falso o verdadeiro.

Barahona não é dos Birbantes o último, mas muito menos o primeiro!

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E digo.
Té já.
Abraço...

sexta-feira, fevereiro 17, 2006 3:54:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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domingo, maio 21, 2006 11:00:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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quinta-feira, junho 08, 2006 9:58:00 da manhã  
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sábado, julho 22, 2006 6:26:00 da tarde  

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