Manilha
Dizia que só juntos teriam o melhor de dois mundos,
nas alegrias, nos melindres e nos mistérios
que a lealdade trouxesse em farripas
como brindes deslindados,
coligados num só desidério.
Dizia que o amor, como um ministério,
se geria contínuo, qual conta sem fundo,
e a confiança, um cheque careca,
herança de um homem sortudo
que herdasse sem perda
de um parente distante defunto.
Juntos teriam o melhor de dois mundos
e criam na morte o enlace que amor juraria com juros.
Etiquetas: Poesia Cordiana
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