Poesia do dia no dia da poesia
A alma do poeta
não a entende ninguém,
seja no dia da floresta,
ou no da poesia também.
Ele é o príncipe das nuvens,
com asas de gigante
que lhe não são úteis
para caminhar em passo errante.
O poema nasce não das letras
espetadas como pregos no papel,
mas da alvura de folhas abertas
esperando do poeta o branco fel.
O poeta desfoca o olhar
e embebeda-se a pensar,
em total desregramento.
Faz-se vendo, faz-se lendo,
num imenso mas sensato bramido
na intemperança dos sentidos.
A solidão do sonho e da poesia
sacode-nos no pesadelo da nossa desolação.
O que um poeta diz outro não diria.
Uns acham na poesia a confissão...
Perguntava alguém a Deus, que fez de nós mortais,
porque nos deu Ele a sede de eternidade de que é feito o só poeta.
Responde Lorca que «todas as coisas têm o seu mistério,
e a poesia é o mistério de todas as coisas».
Falando claro e falando sério,
a poesia pode até ser fruto do absurdo
e não obedecer a base lógica,
mas é antes de mais um grito mudo
quando escrita pungente e trágica
na solidão ignota de todas as coisas.
A poesia é heteronímica
- esconderijo e amplificador simultâneo.
A poesia é mágica
e faz surgir o invisível subcutâneo,
como um coelho puxado da cartola.
É o transbordamento do espontâneo,
que redondo nas mãos do poeta rebola,
reprocessado em posterior tranquilidade.
A poesia? É muito mais do que isto.
A poesia é nexo dos anjos o sexo,
de mistério um processo entre poeta e leitor.
Uma coisa tem de ser a poesia: amor.
não a entende ninguém,
seja no dia da floresta,
ou no da poesia também.
Ele é o príncipe das nuvens,
com asas de gigante
que lhe não são úteis
para caminhar em passo errante.
O poema nasce não das letras
espetadas como pregos no papel,
mas da alvura de folhas abertas
esperando do poeta o branco fel.
O poeta desfoca o olhar
e embebeda-se a pensar,
em total desregramento.
Faz-se vendo, faz-se lendo,
num imenso mas sensato bramido
na intemperança dos sentidos.
A solidão do sonho e da poesia
sacode-nos no pesadelo da nossa desolação.
O que um poeta diz outro não diria.
Uns acham na poesia a confissão...
Perguntava alguém a Deus, que fez de nós mortais,
porque nos deu Ele a sede de eternidade de que é feito o só poeta.
Responde Lorca que «todas as coisas têm o seu mistério,
e a poesia é o mistério de todas as coisas».
Falando claro e falando sério,
a poesia pode até ser fruto do absurdo
e não obedecer a base lógica,
mas é antes de mais um grito mudo
quando escrita pungente e trágica
na solidão ignota de todas as coisas.
A poesia é heteronímica
- esconderijo e amplificador simultâneo.
A poesia é mágica
e faz surgir o invisível subcutâneo,
como um coelho puxado da cartola.
É o transbordamento do espontâneo,
que redondo nas mãos do poeta rebola,
reprocessado em posterior tranquilidade.
A poesia? É muito mais do que isto.
A poesia é nexo dos anjos o sexo,
de mistério um processo entre poeta e leitor.
Uma coisa tem de ser a poesia: amor.
Etiquetas: Poesia Cordiana, Quotidianos
2 Comments:
Vê lá se "atentas" bem os comments!!!
Estou a atentar, mas em silêncio...
:)
Quando o telefone toca...
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