Singularidade de uma rapariga louca, só, desiludida
Pelas brumas se atirava com o corpo às chamas,
às luzes, às cinzas, ao dia.
Cedia e fundia-se, fendida,
como se dormisse um sorriso pálido
após todos os desamores,
fixando os olhos, abertos, de alabastro,
azuis de uma baía de golfinhos e conchas e dores,
búzios, e o sopro inevitável de um sorriso
inconsciente, maquinal, incauto, ditoso,
por não pensar o marejar fusiforme,
avesso à buzina estrepitosa e urbana
da revelação tensa, enraivecida, amarga,
de estar sempre só
na ficção da sua singularidade.
às luzes, às cinzas, ao dia.
Cedia e fundia-se, fendida,
como se dormisse um sorriso pálido
após todos os desamores,
fixando os olhos, abertos, de alabastro,
azuis de uma baía de golfinhos e conchas e dores,
búzios, e o sopro inevitável de um sorriso
inconsciente, maquinal, incauto, ditoso,
por não pensar o marejar fusiforme,
avesso à buzina estrepitosa e urbana
da revelação tensa, enraivecida, amarga,
de estar sempre só
na ficção da sua singularidade.
Etiquetas: Poesia Cordiana
5 Comments:
Lindo, intenso, triste... Me identifiquei, arrasou.
Ah, ouvi a música que você me indicou da Florbela, linda demais, breve a indicação aparecerá no blog.
www.prahoje.com.br/florbela
Obrigado, Nina. Vou estar atento ao vosso blogue sobre a poetisa. Qualquer coisa de que precisem deste lado do atlântico lusófono e poético, não hesitem pedir.
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