Cumprem-se hoje 500 anos desde o Pogrom
Cumprem-se hoje cinco séculos desde o Pogrom de Lisboa. Tentarei estar presente. Tal como já me havia comprometido, via Miniscente, assinalo hoje o dia, respondendo positivamente ao repto lançado pelo Nuno Guerreiro na Rua da Judiaria:
"No dia 19 de Abril vão à Baixa de Lisboa e, no Rossio, acendam uma vela simbólica por cada uma das vítimas. Quatro mil velas que iluminem a memória."
(A PARTIR DAS 19 H. NO LARGO DE S. DOMINGOS, ROSSIO)
A Convocatória:
ATENDENDO AO APELO DE NUNO GUERREIRO, DO BLOG "A RUA DA JUDIARIA", A COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA JUNTA-SE A ESTA NOBRE INICIATIVA ATRAVÉS DA MOBILIZAÇÃO DOS SEUS MEMBROS E SIMPATIZANTES, AMANHÃ, 4.ª FEIRA - DIA 19/4 -, ÀS 19 HORAS, NO LARGO SÃO DOMINGOS (AO ROSSIO). SERÁ RECITADA A ORAÇÃO DE KADISH E IZKOR EM HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DESTE MASSACRE. POR SER AMANHÃ AINDA "CHAG E YOM TOV" (7º DIA DE PESSACH), AGRADECEMOS QUE OS MEMBROS DA CIL PARTICIPEM NESTA MOBILIZAÇÃO, ESTANDO TODOS PRESENTES NA ORAÇÃO. VENHA. PARTICIPE E TRAGA A SUA FAMÍLIA!
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"Se existe um único tema que domina todos os meus escritos, todas as minhas obsessões, é a memória – porque tenho tanto medo do esquecimento quando do ódio ou da morte. Esquecer, para um judeu, é negar o seu povo – e tudo o que ele simboliza – e também negar-se a si próprio. Daí o meu desejo de não esquecer nem de onde venho nem o que influenciou as minhas opções: as paisagens assombradas da minha infância; a terra de maldição onde num instante as crianças se transformavam em velhos; as pessoas que conheci ao longo desse caminho.Lembrar… lembra-te que foste escravo no Egipto. Lembra-te de santificar o Shabbat… Lembra-te de Amalek, que quis aniquilar-te… nenhum outro mandamento bíblico é mais persistente. O judeus vivem e crescem sob o signo da memória. (…) Ser judeu é lembrar – reclamar o nosso direito à memória bem como o dever de a manter viva.Através do passado recente encontro-me com as minhas origens distantes, retornando a Moisés e Abraão. É também em seu nome que eu comunico a minha busca. Quando um judeu reza, as suas orações enlaçam-se às de David e do Besht. Quando um judeu desespera, é a tristeza de Jeremias que o faz chorar. A memória dos judeus ganha força na memória do seu povo e, para além dela, da humanidade.Porque a memória é um bem: cria laços em vez de os destruir. Laços entre o presente e o passado, entre indivíduos e grupos. É por me lembrar do nosso princípio comum que me aproximo dos meus semelhantes, de todos os seres humanos. É por me recusar esquecer que o seu futuro é tão importante quanto o meu. Que seria o futuro da humanidade se fosse desprovido de memória?”
Elie Wiesel, prémio Nobel da Paz, retirado do prefácio do livro “From the Kingdom of Memory”, Summit Books, New York, 1990
n.b. - Este post foi escrito com base no publicado na Rua da Judiaria e no Miniscente
Etiquetas: Hipertexto Vazante, Quotidianos, Textos Alheios
3 Comments:
Sugiro à blogosfera uma manisfestação de solidariedade na casa branca de apoio aos judeus do partido republicano e que estão a levar a cabo as suas políticas no médio oriente. Ou então na terra santa, nos locais onde morrerram milhares de cristãos nas mãos dos judeus.
Caríssimo SM: Já deverias saber, segundo um princípio filosófico basilar, que não se justifica um mal com outro mal...
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