Quis (Jeremias Cabrita da Silva)
Quis eu deixar abertos todos os caminhos e, em todos eles, todas as pistas das minhas entranhas volúveis e místicas. Quis eu encontrar-me a cada dia latente, a cada domingo que termina e mata um sonho irrecuperável. Quis eu ver digladiarem-se deuses extrínsecos no papel. Quis também eu oferecer toda a criação ao futuro – não mais que a nascença do desejo e não da necessidade. Quis eu ser livre onde não precisasse de aprovação, e escrevi nas paredes, nos páteos, no chão, não saber o que escrever. Parei de querer e fui livre então.
Jeremias Cabrita da Silva
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