segunda-feira, agosto 14, 2006

À la mesure du temps

Esvaíram-se as clepsidras;
o relógio de pêndulo há muito está quebrado.
Nem tiquetaque cadenciado
certificando-me de viver.
O cair deleitoso do sol por detrás do spleen alaranjado,
algo amargo mas silenciosamente confortante,
e uma rosa esmaecida, nostálgica,
numa estalada jarra antiga das mais finas argilas,
cujo deslustre a um canto vitrifica,
pende a cabeça sem ânimo
sobre o retrato do meu passado.

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