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A repetição agarra-se às cortinas do tempo
e projecta-se, déjà-vu, da pele arrepanhada.
Os cabelos sinuosos - outrora lisos - guardam repetições,
como os olhos escondem num canal dois mares:
um, das coisas esquecidas, e outro, indolente, das coisas lembradas.
As palavras duram pouco mais que o pensamento,
e o pensamento é hoje um; amanhã outro - como as palavras, aliás.
Relatam-se antigas contas de um universal rosário,
com os mesmo trejeitos, a mesma sapiência cristalizada.
A repetição é a certeza daquilo que evitámos ser.
Mas eu cá não creio em Kundera, que dissera
ser a felicidade o desejo pela repetição.
A felicidade é uma quimera que passa à flor da pele
e arrepia no horizonte o pôr-do-sol, ao entardecer,
visto da proa de uma galera para não-sei-onde.
A repetição é a felicidade do ignorante.
e projecta-se, déjà-vu, da pele arrepanhada.
Os cabelos sinuosos - outrora lisos - guardam repetições,
como os olhos escondem num canal dois mares:
um, das coisas esquecidas, e outro, indolente, das coisas lembradas.
As palavras duram pouco mais que o pensamento,
e o pensamento é hoje um; amanhã outro - como as palavras, aliás.
Relatam-se antigas contas de um universal rosário,
com os mesmo trejeitos, a mesma sapiência cristalizada.
A repetição é a certeza daquilo que evitámos ser.
Mas eu cá não creio em Kundera, que dissera
ser a felicidade o desejo pela repetição.
A felicidade é uma quimera que passa à flor da pele
e arrepia no horizonte o pôr-do-sol, ao entardecer,
visto da proa de uma galera para não-sei-onde.
A repetição é a felicidade do ignorante.
Etiquetas: Poesia Cordiana
1 Comments:
a felicidade é uma asa....
:)))))
beijo.
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