Poema Banal de Aula
Se autónoma fosse a vontade,
todos seríamos rua e cidade
à beira-mar plantados,
de sonhos floridos nunca arruinados.
Autónomos são os sonhos,
em álcool e éter e medronho,
num sono tão livre e tão esparso,
que a vontade se não dá ao acaso.
Se autónoma fosse a vontade,
seríamos navios sem onde aportar,
sem ilhas que somos, sem porto nem nada;
pedaços de terra sem fundo à deriva no mar.
todos seríamos rua e cidade
à beira-mar plantados,
de sonhos floridos nunca arruinados.
Autónomos são os sonhos,
em álcool e éter e medronho,
num sono tão livre e tão esparso,
que a vontade se não dá ao acaso.
Se autónoma fosse a vontade,
seríamos navios sem onde aportar,
sem ilhas que somos, sem porto nem nada;
pedaços de terra sem fundo à deriva no mar.
Etiquetas: Poesia Cordiana
5 Comments:
Com que então, na página 23 do DN de hoje, ahn?
;)
Aquele!
Página 23???
Mistério...
:)
A vontade nunca é banal. Ela é o somatório de muitas e indecifráveis maresias. A falta dela é que são águas tépidas e remançosas.
Agarro esta poesia cordiana com todas as ganas. E afogo as ilhas do conformismo num bom trago medronho :)!
À tua,
Vítor
À nossa!
Um abraço
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