domingo, maio 27, 2007

Poema Banal de Aula

Se autónoma fosse a vontade,
todos seríamos rua e cidade
à beira-mar plantados,
de sonhos floridos nunca arruinados.

Autónomos são os sonhos,
em álcool e éter e medronho,
num sono tão livre e tão esparso,
que a vontade se não dá ao acaso.

Se autónoma fosse a vontade,
seríamos navios sem onde aportar,
sem ilhas que somos, sem porto nem nada;
pedaços de terra sem fundo à deriva no mar.

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5 Comments:

Blogger Davi Reis said...

Com que então, na página 23 do DN de hoje, ahn?

;)

Aquele!

segunda-feira, maio 28, 2007 3:00:00 da tarde  
Blogger Arnaldo Lemos said...

Página 23???

segunda-feira, maio 28, 2007 7:20:00 da tarde  
Blogger Davi Reis said...

Mistério...

:)

segunda-feira, maio 28, 2007 9:17:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A vontade nunca é banal. Ela é o somatório de muitas e indecifráveis maresias. A falta dela é que são águas tépidas e remançosas.


Agarro esta poesia cordiana com todas as ganas. E afogo as ilhas do conformismo num bom trago medronho :)!

À tua,

Vítor

terça-feira, maio 29, 2007 2:06:00 da tarde  
Blogger Davi Reis said...

À nossa!

Um abraço

terça-feira, maio 29, 2007 3:11:00 da tarde  

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