domingo, outubro 28, 2007

Entranhas

Desígnios expandidos a um ínfimo ponto no escuro,
Revelado o universo infinito em lótus e silêncio,
Que a postura da flor transcende o mundo inteiro e puro,
Na alma deixada a vaguear, assombrada em sons e mistério.

Abre-se a arca dos segredos mais óbvios,
Guardados por pálpebras purpúreas e solares,
Deificados por egotismo e vãos opróbrios
No enigma clássico dos labirintos polares.

Monarca do pátio fresco da incerteza,
Abeirado nas ombreiras de duas janelas,
Espreita da torre humana a chama intensa
Que arde e ácido derrama nas gamelas

Onde os cães mergulham as fuças
em desperdício da esbanjada ração,
sobre a esteira emporcalhada já ruça,
aquecida pelo bafo da sofreguidão.

Os descobridores do instinto caíram
Das bermas planas e abissais do mundo.
Uns estamparam-se e outros deles riram;
Uns eram veias; outros, gérmen fecundo.

Ao Rei Lagarto

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

speachless...

abraço fraterno com admiração

terça-feira, outubro 30, 2007 9:03:00 da manhã  
Blogger Davi Reis said...

:)

Companheiro!...

Dou-te o abraço daqui a nada.

quarta-feira, outubro 31, 2007 1:56:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Riders on the storm...
:)

quarta-feira, outubro 31, 2007 11:13:00 da manhã  

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