Jorge Palma no Coliseu, 2.ª noite: Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa!
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O público soltou-se um pouco depois da segunda metade, numa sequência de hits como "Frágil", "Deixa-me Rir" e "Dá-me Lume", o que demonstra a transversalidade atingida finalmente pelo génio musical do Mestre. Hoje, o público do Jorge foi um nadinha como o público da Selecção Nacional de futebol - os chamados "adeptos amadores". Mas isto é bom para todos. Acredito que o Jorge terá essa percepção...
O concerto não foi perfeito, como é óbvio. Se o fosse, não reconheceríamos aquele que tão facilmente amamos e a quem, por isso, tudo perdoamos. Não reconheceríamos aquele que se expõe perante nós, com o coração nas mãos e os medos desabados. Nu, no que tem de melhor e pior.
Não me venham os críticos dizer isto e aquilo dos lapsos do Jorge. Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa! Não esperem ver o seu melhor concerto sem mácula, pois o melhor será simplesmente aquele no qual se emocionou, sofreu e riu connosco. E pode ter sido numa esplanada em Santos, no Acinox, do Sr. João; pode ter sido num Coliseu.
Estou cansado. O concerto terminou com um encore generoso, por comparação com a brevidade do dia anterior. A noite terminou na Gália de Astérix e Obélix.Não me venham os críticos dizer isto e aquilo dos lapsos do Jorge. Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa! Não esperem ver o seu melhor concerto sem mácula, pois o melhor será simplesmente aquele no qual se emocionou, sofreu e riu connosco. E pode ter sido numa esplanada em Santos, no Acinox, do Sr. João; pode ter sido num Coliseu.
Cantava o Fernando Tordo, na "Tourada": "E diz o inteligente que se acabaram as canções." Não acabaram. Ainda bem.
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Etiquetas: Diário de Bordo, Música, Quotidianos
3 Comments:
E Blitz não?
Estou a reconhecer aqui dotes muito interessantes que seriam uma mais valia na critica musical..
Abraço fraterno com saudade
tens toda a razão GC, o Blitz só teria a ganhar com a colaboração do nosso irmão Davi.
Foi uma pena não nos termos cruzado na noite de ontem.
A ti mano velho, obrigado pela companhia que ajudou a tornar a noite ainda mais especial e inesquecível.
Tudo foi perfeito: o concerto, os enganos, os esquecimentos de letra, as fotografias censuradas e quase todas desfocadas, os pseudo-fãs-não-praticantes (tão em voga nos tempos que correm), a cota do "calem-se um bocadinho para eu ouvir", a digníssima recepção e as cervejolas na Gália, os enigmas da Joana, a sessão histórica da Calçada de Santana, a despedida no meio da estrada... tudo ajudou a tornar a noite ainda mais perfeita.
E como tudo nele parece que encaixa na perfeição: "bons vôos mano velho... nocturnos ou não!"
Vamos partir este bar...
Aquele abraço
Um concerto de Jorge Palma sem os seus enganos, esquecimentos ou tropeções nos fios não é um concerto de Jorge Palma.
Abraço
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