Terceiro Olho
Tenho oculta na testa a visão;
os olhos esfaqueados por um clarão
que cindiu em dois a noite.
Separam-nos gumes,
dividem-nos cores,
credos, corpos, alegrias e amores.
Uns dilaceram carnes;
outros plantam legumes.
Aqueles dormem com os vermes;
estes espargem vaga-lumes.
Uns estão pelas baleias
e seus subaquáticos queixumes;
outros, pelas balelas
de fanáticos e energúmenos.
Separam-nos futilidades e adereços;
castas, batas, idades e berços...
Mas quando, um pouco mais tarde que agora,
me tingi de rubra revolução,
tentaram antecipar a minha hora,
sufocar-me pela boca, secar o meu coração.
os olhos esfaqueados por um clarão
que cindiu em dois a noite.
Separam-nos gumes,
dividem-nos cores,
credos, corpos, alegrias e amores.
Uns dilaceram carnes;
outros plantam legumes.
Aqueles dormem com os vermes;
estes espargem vaga-lumes.
Uns estão pelas baleias
e seus subaquáticos queixumes;
outros, pelas balelas
de fanáticos e energúmenos.
Separam-nos futilidades e adereços;
castas, batas, idades e berços...
Mas quando, um pouco mais tarde que agora,
me tingi de rubra revolução,
tentaram antecipar a minha hora,
sufocar-me pela boca, secar o meu coração.
Etiquetas: Poesia Cordiana
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