Nada é Nada
De nada vale um barril furado
ou sem uma aduela apenas,
ainda que da melhor madeira.
Tenho os bolsos rotos
e uma sanguessuga no umbigo.
No silêncio ignoto do meu quarto
posso sempre fotografar as fotografias
com um olhar de plástico
e dizer que são minhas as viagens,
que fui eu quem escreveu
a página branca do Imperador.
Posso convocar dos confins subterrâneos
os átomos das pessoas
e chuvas de piedade e desolação.
É Verão.
Não chove há um mês.
Não sei se há um mês há um mês...
O tempo não pede licença para matar
e corta o diamante.
Nada é nada.
ou sem uma aduela apenas,
ainda que da melhor madeira.
Tenho os bolsos rotos
e uma sanguessuga no umbigo.
No silêncio ignoto do meu quarto
posso sempre fotografar as fotografias
com um olhar de plástico
e dizer que são minhas as viagens,
que fui eu quem escreveu
a página branca do Imperador.
Posso convocar dos confins subterrâneos
os átomos das pessoas
e chuvas de piedade e desolação.
É Verão.
Não chove há um mês.
Não sei se há um mês há um mês...
O tempo não pede licença para matar
e corta o diamante.
Nada é nada.
Etiquetas: Poesia Cordiana
4 Comments:
Você deu cores à roupa invisível do imperador.
Teu nada é muito.
Abraços de fé, meu camarada.
E sucesso sempre.
Germano
Aparece...
Valeu, Germano. É uma honra deste blogue ter-te como leitor reincidente.
Um abraço fraterno, camarada
Muito bom!
Nada é tudo, amigo, para alguns. E tudo pode não ser nada.
muito bom.
abraços
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