domingo, abril 19, 2009

Oxidável

Estou feliz por sentar-me a teu lado;
faz-me sentir especial.
Acho-me um extraterrestre quando lavo a loiça,
vestido com a minha pele.
Por vezes dou melhor pelo arrepio do tempo a passar
que pelo frio sorrateiro, esgueirado por uma fresta
desta janela mal calafetada.
O inoxidável substituiu a madeira,
mas ainda não se descobriu a cura para o oxigénio.
Depois olho para a Jane, que é preta,
e percebo que afinal não sou um extraterrestre,
ainda que o pareça,
mesmo vestido com esta pele.
Após a dor, solidão.
Num dia bom ainda dou por mim a pegar no telefone
para te contar as novidades.

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