Mito
A voz, ao nascer,
caminha sobre um espelho partido.
Ao nascer, a voz
remete-se a silêncios aflitos.
Do ventre donde tinha vindo
escondeu-se e foi carpindo.
Silente consentiu o mito,
comeu o pão e foi bebendo o vinho.
A voz, estilhaçada,
sobrevoa o tecto de uma casa,
e o chão é voz
de um urro de dentro da Terra.
Do ventre donde tinha vindo,
sussurrou o milho ao moinho
e abriu fendas que levantam mares;
devoram homens; arrasam cidades.
A voz chega-nos ao ouvido
vinda do ventre de um dragão faminto
aprisionado na jaula de vidro
onde Hórus é mito e não Cristo.
caminha sobre um espelho partido.
Ao nascer, a voz
remete-se a silêncios aflitos.
Do ventre donde tinha vindo
escondeu-se e foi carpindo.
Silente consentiu o mito,
comeu o pão e foi bebendo o vinho.
A voz, estilhaçada,
sobrevoa o tecto de uma casa,
e o chão é voz
de um urro de dentro da Terra.
Do ventre donde tinha vindo,
sussurrou o milho ao moinho
e abriu fendas que levantam mares;
devoram homens; arrasam cidades.
A voz chega-nos ao ouvido
vinda do ventre de um dragão faminto
aprisionado na jaula de vidro
onde Hórus é mito e não Cristo.
Etiquetas: Poesia Cordiana
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