Para Comer
As palavras não exprimem o significado
de quanto se deveras sente.
Não há métrica nem ciência na poesia.
Não há decassílabo ou soneto;
pentâmetro jâmbico ou quintilha
que não saiba onde o meta
pela metafórica quilha.
Deixemo-nos de tretas poéticas.
A poesia é mesmo para comer.
de quanto se deveras sente.
Não há métrica nem ciência na poesia.
Não há decassílabo ou soneto;
pentâmetro jâmbico ou quintilha
que não saiba onde o meta
pela metafórica quilha.
Deixemo-nos de tretas poéticas.
A poesia é mesmo para comer.
Etiquetas: Poesia Cordiana
2 Comments:
Interessante!!!
Acho que nunca me ocorreria que a poesia fosse para comer.
Vejo-a, sim, como:
- Um beber de sentimentos, mais ou menos nossos;
- Um cheirar de palavras, com um odor floral
- Um ouvir de músicas, tranquilas como mel para os ouvidos
Felizes os que conseguem, dentro das suas diferenças, não perturbar o bem resultante de algum tipo de empatia!
Até breve...ou qualquer dia!
Desculpa...mas sente-se a falta da tua poesia, mesmo que (o que subscrevo na íntegra) tantas vezes as palavras não exprimam "...o significado de quanto se deveras sente".
Há momentos, fases em que importa recorrermos a sensações, a olhares, a expressões faciais, movimentos corporais...para conseguirmos (ou pelo menos tentarmos) perceber a veracidade, a factualidade das palavras ..
Proferi-las e conseguirmo-nos esconder nos meandros dos seus significados..é deveras bem mais simples do que camuflar o que fazemos, o modo como agimos e reagimos a diferentes situações com que somos confrontados de modo mais ou menos inesperado, situações que considerávamos absoluta certeza e ... vemos que esta crença se evapora..
Reflexões minhas..concretizadas em "palavras escritas" que as verbalizadas nem sempre são fáceis de brotar para fora e, de algum modo, desanuviar o espírito mais atordoado!
Que tenha um muito bom fim-de-semana!
Um abraço
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