22
Estou só. Se tu não me beijares,
digo que me beijam os ventos.
Tão só, que se fosse órfão,
diria da minha mãe uma cegonha.
Tão triste e pensativo, tão obsoleto,
que faço ocupação dos meus pensamentos.
Tão pequeno, transfiguro,
sublimo aquilo que é vergonha.
Tão modesto que não me atrevo
a dizer-te como te amo.
Tão sincero que não me estrago
com lamúrias.
Tão destemido que prefiro assumir-me
como o insano – espero,
não deixe, por fim,
minh’alma na penúria.
Estou só, no meio da multidão.
(Domingo, Torel e gaitas-de-foles)
digo que me beijam os ventos.
Tão só, que se fosse órfão,
diria da minha mãe uma cegonha.
Tão triste e pensativo, tão obsoleto,
que faço ocupação dos meus pensamentos.
Tão pequeno, transfiguro,
sublimo aquilo que é vergonha.
Tão modesto que não me atrevo
a dizer-te como te amo.
Tão sincero que não me estrago
com lamúrias.
Tão destemido que prefiro assumir-me
como o insano – espero,
não deixe, por fim,
minh’alma na penúria.
Estou só, no meio da multidão.
(Domingo, Torel e gaitas-de-foles)
Etiquetas: Lohengrin - Livro Primeiro, Poesia Cordiana
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