Vómito a Fel
Eis a saudável confissão,
A loucura do homem são
Que não cabe em si próprio,
Se olha ao espelho atónito
E se anula num colchão.
Eis um motivo para escrever: solidão;
A loucura de um homem por uma mulher;
A prisão do corpo e das palavras;
A encruzilhada de se ser, sentir e fazer,
E o muro impenetrável de estar além do que se aparenta,
Do que se diz ou escreve,
Num autismo mudo em que nem o próprio se percebe;
Quase silêncio ligeiro mas agudo
E um sabor azedo que se regurgita,
Volta à boca e se bebe.
Como um sapo se engole;
Um sopro sólido se verte.
E toda a escrita sai a ferros
De um homem que se mutila
Por nunca se alcançar.
A essência de uma frase nem ele a conhece,
E no entanto,
Entre a dor do seu parto se pare;
Entre quatro paredes de um quarto
Ele escava as suas entranhas
E mais procura sem encontrar.
Fosse a forma conteúdo;
A mentira, verdade.
Soubesse eu quem tu és.
Pudesse eu deitar a teus pés a tua felicidade.
Estou a morrer de saudade.
A morrer de não ser no teu peito eternidade;
De não ter a cabeça poisada junto aos teus seios,
Inspirando o teu cheiro, sentindo o teu toque.
Derramava-me o calor dos nossos corpos, cheios, plenos,
Toda a vida e pequenas mortes.
A loucura do homem são
Que não cabe em si próprio,
Se olha ao espelho atónito
E se anula num colchão.
Eis um motivo para escrever: solidão;
A loucura de um homem por uma mulher;
A prisão do corpo e das palavras;
A encruzilhada de se ser, sentir e fazer,
E o muro impenetrável de estar além do que se aparenta,
Do que se diz ou escreve,
Num autismo mudo em que nem o próprio se percebe;
Quase silêncio ligeiro mas agudo
E um sabor azedo que se regurgita,
Volta à boca e se bebe.
Como um sapo se engole;
Um sopro sólido se verte.
E toda a escrita sai a ferros
De um homem que se mutila
Por nunca se alcançar.
A essência de uma frase nem ele a conhece,
E no entanto,
Entre a dor do seu parto se pare;
Entre quatro paredes de um quarto
Ele escava as suas entranhas
E mais procura sem encontrar.
Fosse a forma conteúdo;
A mentira, verdade.
Soubesse eu quem tu és.
Pudesse eu deitar a teus pés a tua felicidade.
Estou a morrer de saudade.
A morrer de não ser no teu peito eternidade;
De não ter a cabeça poisada junto aos teus seios,
Inspirando o teu cheiro, sentindo o teu toque.
Derramava-me o calor dos nossos corpos, cheios, plenos,
Toda a vida e pequenas mortes.
Etiquetas: Maratona de Mim Exangue em Mágoa Desmamado - Livro Segundo, Poesia Cordiana
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