Uma Vez um Viajante
E além, quem lá vem?,
pela estrada segura, um viajante,
não mais que um homem
talvez destinado, ou talvez à procura,
num passo arrastado, cansado, errante.
Um homem igual, temerário,
segue rumo Norte por estrada segura.
O homem, um viajante,
com destino traçado, passada errante.
Seja o homem passado,
apenas corpo presente;
seja o homem silente,
a fímbria vazante.
De onde vem o viajante?,
que passa tão perto,
no entanto, distante?
Quem será este homem vazio?,
como tanta outra gente,
lançando o anzol ao rio?
Quem será o passageiro ausente,
esperando o destino que dita o tempo,
vagando paciente.
Este homem e esta gente
que passa a vida dormente,
silenciando o corpo,
mas pior, o coração e a mente.
Esta gente que passa
pela estrada segura
e que nunca me abraça,
nunca perdura...
Só há uma vidraça
por onde espreito de fora
e vejo a gente que passa,
e sinto o peso do tempo,
o corpo cansado,
e só tenho agora.
Amanhã levantou-se tarde
o que podes fazer hoje.
E além, quem lá vem?
Um viajante sem emprego,
por entre seus dedos se escapa, foge
o destino ideal, o amor cego,
a areia da ampulheta que ruge
o tempo que falta
no toque fugitivo
do homem sem emprego
que o olhar assalta
apenas o chão, pensativo.
Assim, o viajante passa
pela estrada segura.
Eu espreito pela vidraça,
que sei, um dia será quebrada
pela bola de uma criança
numa vida futura.
Resolvi não sair da carapaça.
O viajante passou consigo próprio.
O tempo passa...
e ele mais distante.
Não discutimos doença
nem procurámos a cura,
e ele, lá longe,
talvez destinado, ou talvez à procura,
um viajante, sem escolha, pela estrada segura,
como eu, um homem!, não mais,
paciente como fruta madura.
Além, quem lá vai?
pela estrada segura, um viajante,
não mais que um homem
talvez destinado, ou talvez à procura,
num passo arrastado, cansado, errante.
Um homem igual, temerário,
segue rumo Norte por estrada segura.
O homem, um viajante,
com destino traçado, passada errante.
Seja o homem passado,
apenas corpo presente;
seja o homem silente,
a fímbria vazante.
De onde vem o viajante?,
que passa tão perto,
no entanto, distante?
Quem será este homem vazio?,
como tanta outra gente,
lançando o anzol ao rio?
Quem será o passageiro ausente,
esperando o destino que dita o tempo,
vagando paciente.
Este homem e esta gente
que passa a vida dormente,
silenciando o corpo,
mas pior, o coração e a mente.
Esta gente que passa
pela estrada segura
e que nunca me abraça,
nunca perdura...
Só há uma vidraça
por onde espreito de fora
e vejo a gente que passa,
e sinto o peso do tempo,
o corpo cansado,
e só tenho agora.
Amanhã levantou-se tarde
o que podes fazer hoje.
E além, quem lá vem?
Um viajante sem emprego,
por entre seus dedos se escapa, foge
o destino ideal, o amor cego,
a areia da ampulheta que ruge
o tempo que falta
no toque fugitivo
do homem sem emprego
que o olhar assalta
apenas o chão, pensativo.
Assim, o viajante passa
pela estrada segura.
Eu espreito pela vidraça,
que sei, um dia será quebrada
pela bola de uma criança
numa vida futura.
Resolvi não sair da carapaça.
O viajante passou consigo próprio.
O tempo passa...
e ele mais distante.
Não discutimos doença
nem procurámos a cura,
e ele, lá longe,
talvez destinado, ou talvez à procura,
um viajante, sem escolha, pela estrada segura,
como eu, um homem!, não mais,
paciente como fruta madura.
Além, quem lá vai?
Etiquetas: Maratona de Mim Exangue em Mágoa Desmamado - Livro Segundo, Poesia Cordiana
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