Poemas da adolescência 21
É madrugada.
Sobe, cada dia mais tarde,
o sol sobre a antena parabólica.
A criança, de mochila às costas, ensonada,
espera o autocarro na berma da estrada.
Urge o tempo entre o teste e a cólica,
até à fábrica de condicionamento.
Madrugada das casas tão cedo vazias
da periferia.
Reduz as necessidades se precisas de tudo
o que, sem nada, terias.
A criança tem hora para chegar.
Frenesim matinal
de dever prematuro.
Na jaula de vidro,
a beleza irónica e distante do mundo.
E a janela tecnológica
projecta um muro
inodoro
de paisagem bucólica.
É Setembro.
Sobe, cada dia mais tarde,
o sol sobre a antena parabólica.
A criança, de mochila às costas, ensonada,
espera o autocarro na berma da estrada.
Urge o tempo entre o teste e a cólica,
até à fábrica de condicionamento.
Madrugada das casas tão cedo vazias
da periferia.
Reduz as necessidades se precisas de tudo
o que, sem nada, terias.
A criança tem hora para chegar.
Frenesim matinal
de dever prematuro.
Na jaula de vidro,
a beleza irónica e distante do mundo.
E a janela tecnológica
projecta um muro
inodoro
de paisagem bucólica.
É Setembro.
Etiquetas: Poemas da Adolescência, Poesia Cordiana
1 Comments:
Hey what a great site keep up the work its excellent.
»
Enviar um comentário
<< Home