Qüotidianos 1
À subida da Calçada de Santana, em frente à mercearia do Virgílio, ali na esquina oposta àquela onde Camões se amparou depois de noites de mar alto aviado em terra, juntinho ao prédio do Grupo Desportivo da Pena, uma velha de pouco mais que 60 anos, cabelo grisalho volumosamente despenteado, discursava, alheada da plateia desinteressada. "Louca", diriam, ouvindo-lhe as alucinações de olhar perdido boiado em lágrimas secas.
- ... e eles voam por cima de mim, da minha cabeça. Em cima de mim, da minha cabeça, comem-me por dentro e por fora...
Etiquetas: Poesia Cordiana, Prosas Cordianas
4 Comments:
Sim, estão aqui, também.
E o meu mais tenebroso pesadelo,
é tornar-me um deles...
RS
Na verdade, fiquei sem saber quem "eles" eram, e confesso um pensamento condenável que me ocorreu naquele momento: Pensei que seria boa ideia gravar o solilóquio e transcrevê-lo. Se possível, interpretá-lo. Tenebroso?
Abraço, RS
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