quinta-feira, novembro 02, 2006

Poemetos da Impunidade n.º 4

Diziam que sabiam quem era
o bebedanas da tasca da esquina
c’o bucho a boiar em ‘pitróil’.
“Aquele já não se regenera...,
o subsídio chega-lhe p'rá cardina...
basta-lhe à cabeceira o tintol!”
Risível de escárnio, o homem, tão bera,
deixara à avó a menina.
Morrera-lhe a esposa em Abril.
Apenas esquecera.
-*-

"A impunidade é segura quando a cumplicidade é geral."
(Marquês de Maricá)

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