Abril Desfigurado
Como canta o abade,
assim responde o sacristão;
e se ambos se vão pela tarde,
ambos se dão pela mão.
Tem cinco manhãs o preguiçoso;
o trabalhador tem seis dias;
mas se a semana é curta,
bules os sete que não querias.
Dias de fazer nada,
de tanto para outrém trabalhar...
Sinto-os dias perdidos,
que o dinheiro assim não se faz pagar...
Manhãs de Abril...
doces de dormir,
que há anos adormecemos
em promessas mil,
coadas por um funil...
Precisa o povo de ouvir troar
a voz do seu Irmão,
indignado com a injustiça
que sofre igual cidadão.
Trago indignação no peito
e não guardo satisfeito
a cessação do desejo
de que tenhamos todos o proveito.
assim responde o sacristão;
e se ambos se vão pela tarde,
ambos se dão pela mão.
Tem cinco manhãs o preguiçoso;
o trabalhador tem seis dias;
mas se a semana é curta,
bules os sete que não querias.
Dias de fazer nada,
de tanto para outrém trabalhar...
Sinto-os dias perdidos,
que o dinheiro assim não se faz pagar...
Manhãs de Abril...
doces de dormir,
que há anos adormecemos
em promessas mil,
coadas por um funil...
Precisa o povo de ouvir troar
a voz do seu Irmão,
indignado com a injustiça
que sofre igual cidadão.
Trago indignação no peito
e não guardo satisfeito
a cessação do desejo
de que tenhamos todos o proveito.
Etiquetas: Lírica Janiana, Poesia Cordiana, Revolucionando
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