Olhos Caninos ao Fundo da Cama
Tenho há pacientes minutos a caneta apontada sobre o canto superior esquerdo da folha de papel. O olhar esteve perdido em pontos indefinidos de um horizonte que perpassa a televisão, a mobília, o aquecedor a óleo, a parede, a rua lá fora.
Mas dois olhos negros perscrutantes, curiosos e caninos, ao fundo da cama, interpretando atentamente a minha estranha ausência, revelam mais perspicácia, inteligência e poesia do que eu saberia escrever. As pessoas têm o terrível hábito de pestanejar demasiado. E perdem o instante.
A Jane Simmons
Etiquetas: Diário de Bordo, Poesia Cordiana, Prosa Poética Cordiana, Prosemas, Quotidianos
4 Comments:
A Jane já merecia umas palavrinhas... muito giro!
E nós? Quando merecemos uma visitinha para jantar?
Aquele...
Pois é...
Nada mais intenso do que o olhar profundo, extasiado, perplexo, porque não alucinado, outras vezes embevecido, incompreensível...de quem olha fixamente para algo ou para alguém que nos faz bem...
Há que saber parar..e olhar!
Uma boa semana!
Tu trata mas é do jantar, ó Caramelo!
:D Desculpem a ausência de resposta, meus queridos. Tenho 3 posts para meter e não tenho tempo!
Beijinhos e Aquele Abraço
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