segunda-feira, setembro 06, 2010

Voyant

Num terceiro transe absorto
brota da flor um rosto
divisado pelo desregramento dos sentidos,
longo e imerso,
no padrão de um cortinado.
Submete-se o vidente à sensualidade
hipersensível do espelho nu
da sala vazia
onde Mallarmé acendeu uma vela.
Compreende o vidente a presença esmagadora do imperceptível,
temendo não regar as flores ausentes da sua cela.
O sol não tem sombra.
Transcendente e humano,
numa hesitação prolongada entre o som e o sentido,
o criador de Deus,
divino poeta.

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3 Comments:

Anonymous Passado Brasileiro said...

Ola... Gostaria de saber o que é preciso para fazer uma parceria de links com o seu site?!
Meu site: www.passadobrasileiro.com.br
Aguardo um retorno e agradecido pela sua atenção!

domingo, outubro 03, 2010 3:56:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimo!!!

Há quanto tempo não o leio!!!

E, não obstante estes espaços, é sempre com muito gosto que saboreio as palavras que lança e me fazem pensar em tanta coisa..."Nada de mais!", dirão Outros, mas muito importantes para mim!!

Vá-se lá saber porquê!!..mas "Thank's a lot!"

Que tudo lhe corra pelo melhor, a Si e a todos aqueles que lhe são próximos e a quem quer muito Bem!!

Um abraço,

Teimosamente anónimo (?!)...se a memória não me falha!

segunda-feira, outubro 25, 2010 4:57:00 da manhã  
Blogger Davi Reis said...

Obrigado, "teimosamente anónimo"!

Um abraço!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011 7:10:00 da tarde  

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