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Que acontece àquele perdido em si próprio, despedindo-se, salvando a face do mundo, do universo, de todo o todo da lua, negra e branca, demente e incólume? Será Tudo ocidental; Nada oriental. Poesia e altos-relevos silentes porém nos libertam do Tempo e do Espaço... a imortalidade sem taxas nem suspensões percentuais. Pois sejamos os próximos animais! Que não se veja luz nem se saiba porquê de tanto perguntar.
Venho numa dança desconcertada e lanço uma lata de tinta, esborratada. A tinta artista e o artista, pintor, o inconsequente mensageiro da cor. Ultrapassar! Venerável ingente montanha porque não da tua dimensão; que dimensão não pensa a montanha, nem o homem que a escalou, em tributo de incompreensão. Exultar! Mais pleno e verdadeiro, real exultar pelo nascer de uma certeza, novo dia! Da criação o amor transborda, dias a fio, na incessante transcrição da vida possível, amiúde longínqua daquela imaginada.
Abotoo-me à volta da gravata que me serve de cinto, ou me prende o cabelo. É esta noite, aqui, que tudo acontece. E sem vociferar doutrina ou exortação, é agora! Agora! Que a todo o vapor o comboio galga, confiante... os progressos técnicos... e uma sangrenta noite algures e nenhures. Uma fotografia do arco-íris. Detiveste-o nas mãos! Falaste do contraste e não sabias que cores vêem os cães. Falaste da vida e colocaste-te acima das estrelas apenas para viajar numa circunferência que te traria de volta, boomerang! Lágrima, que mistério. Amor, que sacrilégio - pois a todos como a um só.
Etiquetas: Lohengrin - Livro Primeiro, Poesia Cordiana, Prosas Cordianas
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