sexta-feira, julho 15, 2005

"Num filme, o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação" (Charlie Chaplin)

Por acaso alguém viu o filme "Guerra dos Mundos", último do Spielberg? Estava à espera de mais contexto sci-fi. Trata-se de uma viagem alucinante mais uma vez centrada no núcleo familiar, que, na sofreguidão da salvação sem baixas, se esgatanha por sobreviver à apocalíptica ameaça alienígena. Estava à espera de mais qualquer coisa, mas não me arrependo. Gosto muito do King e do Quarteto, mas este é o tipo de filme imperdível na grande tela. Efeitos e realização primorosos. Saltei da cadeira por uma vez, o que é raro. Achei os bicharocos e as naves um tanto disparatados, mas tudo bem. Está à imagem anacrónica da histórica aventura de H.G. Wells. O Spielberg é o maior e estará, mais do que qualquer realizador até hoje nascido, durante muitos anos no imaginário colectivo de muita gente de todos os quadrantes geográficos e línguas. Digam o que disserem. Há outros. Muito bons. Se calhar, melhores, mas o Spielberg é como a Coca-Cola. Boa e igual para todos. Ambos são produtos democráticos. Cinema espectáculo americano que não me choca.

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