Poema Escarlate
Quem fala de futebol e não sente,
não sabe o que faz sonhar a pobre gente,
perdedora da vida sempre,
vencedora quando o Benfica vence.
E então somos todos contentes,
neste recanto do mundo impaciente,
capazes de, juntos, sermos maiores que o mundo,
maiores no golo, num uníssono profundo.
(O que traz a poesia ao futebol,
senão nós, pequenos gigantes,
que acendemos um sol
quando joga o Benfica,
e esquecemos os lúgubres prantos?)
Sejamos grandes como dantes!,
que esta página urge ser escrita!
Sabemos ser pobres mas infantes
da Descoberta mais bonita:
A de que somos capazes
de fazer a própria História
contra os maiores ventos e tempestades,
sobrevivendo aos escolhos,
atrevendo-nos em glória.
Já fomos jovens rapazes
mais ou menos loquazes
em palavras ou actos,
de nós todos memória.
Tivemos o mundo colado aos pés;
somos o Brasil da Europa.
Driblamos dois, driblamos três,
fazemos do Mantorras anjo-negro-cometa
que hoje pode chutar uma estrela,
fintar sem aviso todo o planeta.
Dá na anca, dá no peito,
beija a bola no joelho,
dá de bunda, dá com jeito,
Mantorras, faz chorar de alegria o País
no mundo inteiro!
Seja presságio o Poema Escarlate
da fé depositada no menino de Angola,
que, de um chuto na bola,
fará ao Barça xeque-mate.
Minutos finais do embate.
n.b. - Lembram-se do Vata? Topo Norte. Estava ali tão perto... O talismã devia jogar. Se assim Koeman decidir, terá em si canalizada a força de 5000 homens.
não sabe o que faz sonhar a pobre gente,
perdedora da vida sempre,
vencedora quando o Benfica vence.
E então somos todos contentes,
neste recanto do mundo impaciente,
capazes de, juntos, sermos maiores que o mundo,
maiores no golo, num uníssono profundo.
(O que traz a poesia ao futebol,
senão nós, pequenos gigantes,
que acendemos um sol
quando joga o Benfica,
e esquecemos os lúgubres prantos?)
Sejamos grandes como dantes!,
que esta página urge ser escrita!
Sabemos ser pobres mas infantes
da Descoberta mais bonita:
A de que somos capazes
de fazer a própria História
contra os maiores ventos e tempestades,
sobrevivendo aos escolhos,
atrevendo-nos em glória.
Já fomos jovens rapazes
mais ou menos loquazes
em palavras ou actos,
de nós todos memória.
Tivemos o mundo colado aos pés;
somos o Brasil da Europa.
Driblamos dois, driblamos três,
fazemos do Mantorras anjo-negro-cometa
que hoje pode chutar uma estrela,
fintar sem aviso todo o planeta.
Dá na anca, dá no peito,
beija a bola no joelho,
dá de bunda, dá com jeito,
Mantorras, faz chorar de alegria o País
no mundo inteiro!
Seja presságio o Poema Escarlate
da fé depositada no menino de Angola,
que, de um chuto na bola,
fará ao Barça xeque-mate.
Minutos finais do embate.
n.b. - Lembram-se do Vata? Topo Norte. Estava ali tão perto... O talismã devia jogar. Se assim Koeman decidir, terá em si canalizada a força de 5000 homens.
Etiquetas: Do Glorioso, Poemas Gloriosos, Poesia Cordiana, Quotidianos
10 Comments:
O meu padrinho de casamento (e irmão de sangue) vem cá a casa ver todos os jogos da Champions do Benfica. Diz ele que dá sorte. O ritual é sempre o mesmo: camarões fresquinhos, vinho branco da quinta a condizer e pão quente com manteiga. Apesar de Dragão, estou com ele (e contigo). Que seja um belíssimo jogo - sem penalties!
Um abraço e boa sorte,
RS
Isso é que é amor apaixonado pelo time!
=]~
Lindo dia!!
que as tuas palavras possam servir de tónico para um grande noite, e que o Benfica possa dar mais uma alegria a "todos" os portugueses, que merecem muito mais do que aumentos de impostos, despedimentos em massa, e subidas na EURIBOR!
Deixemos que o Benfica transforme esta noite em mais uma data histórica para um país já com tanta história!
Um abraço manão... e força para logo! Calma com a máquina, não vá a taquicardia reaparecer e fazer das suas!
Não querendo deixar sozinho o Davi Reis do Caderno de Corda na sua luta contra a prosa mediterrânica, cá vai um arremedo de soneto, de poesia atlântica:
Em dia d’uma primaveril
Invernia, qu’stranho vento
É esse que sopra um alento
Que nos multiplica por mil?
Mundo: escuta bem atento
O que vem nas asas de Abril.
É a música que o gentil
Benfica – luso portento -
Compôs e toca com fragor!
É o crepitar d’uma vontade
Que aquece com seu calor
Esse lugar da velha glória:
O país onde vive a saudade
De mais uma rubra vitória!
RS: Lá está: o Benfica como elemento unificador pelos melhores motivos. Também, com camarão, vinho branco e pão quentinho com manteiga, pudera! - estar connosco não será sacrifício ou deserção...
:)
Com ou sem penalties, é imperativo passar. Cuidado com as taquicardias!
Nina: Pelo Benfica, amor incondicional!
RP: Olha que a malta ainda pensa mesmo que estou ligado à máquina!
Suspirador: Fabuloso! Muito bom. Mesmo. Mais um alento transmitido por vibrações ultra-sensíveis até Barcelona. A energia está no ar. Os dados estão lançados.
Saudações benfiquistas a todos
"Ninguém pára o BENFICA, ninguém pára o BENFICA..."
Falando em meter golos, lembrei-me de um belo piropo que, dependendo do estado ébrio dos vencedores benfiquistas após o jogo, até se pode adequar à noite de hoje:
"Ó estrela! Queres cometa?"
O abraço
fui
Johnny, que trocadilho! Tiveste o engenho que nos faltou em campo. Não foi só o engenho que não marcou presença... Marcel?!?! Koeman, nunca mais te perdoo. Podíamos ter sido 5010 homens em campo naquela recta final do jogo.
Shucks...
...epá, eu nem conhecia o Marcel!
Faltou o Mantorras, "a cabra doida" que só corre e dá pulos nos 5 minutos que costumam finalizar os jogos!
Quero acreditar que com uns truques do Mantorras, o resultado poderia ter sido diferente...
O abraço
fui
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