Minimal Altitude
Nas margens de tinta folhada um barco
Pousava no mar e eu nele pousava.
Em mim, pauta por pauta, uma esquadra
De ventos divinos, de lágrima alada.
Neles voavam destinos, elevavam-se vontades,
E deslizavam famintos no vinco de estradas,
No sulco migratório de aves sem asas,
Lá em baixo, por entre os veios e as casas,
Os obreiros do desastre, a peste,
Procedendo ao sacramento vazio de um mestre
No funeral das crianças esquecidas.
Pousava no mar e eu nele pousava.
Em mim, pauta por pauta, uma esquadra
De ventos divinos, de lágrima alada.
Neles voavam destinos, elevavam-se vontades,
E deslizavam famintos no vinco de estradas,
No sulco migratório de aves sem asas,
Lá em baixo, por entre os veios e as casas,
Os obreiros do desastre, a peste,
Procedendo ao sacramento vazio de um mestre
No funeral das crianças esquecidas.
Nota Autoral: Tal como AQUI, repetiu-se a história: o Gonçalo Cunha enviou-me um texto poético seu e eu, inspirado, carburei novo pseudopoema, reciclando, como sói fazer-se nos dias que correm. Aquele abraço ao Gonçalo.
Etiquetas: Notas Autorais, Poesia Cordiana
4 Comments:
Joint venture..produz matéria prima :)
exterminadas..era muita pimenta..
abraço fraterno
:)
Esquecidas, pronto...
Abraço fraterno
Minimal altitude...máxima atitude.
Adorei. Parabéns!
Muito obrigado, Vítor. Gosto de tê-lo por cá.
Um abraço fraterno
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