Poemas da Terra Nova III
Poderei escrever como se sentisse o que há pouco me fez pensar?
Como exprimi-lo sem que finja tê-lo simultaneamente no coração e no pensamento?
Agora que o encontrei, partiu;
Agora sinto-o; agora não,
e temo não sentir,
como se ausente de mim mesmo
pudesse deixar de existir,
apesar de vivo.
Não posso ficar na porta de embarque
- tenho de te cheirar, ó vida, como a uma grande maçã viçosa.
Estou a meio no retrato
com o mundo à minha volta,
mas não passo de um bichinho
com universos dentro de mim.
Como exprimi-lo sem que finja tê-lo simultaneamente no coração e no pensamento?
Agora que o encontrei, partiu;
Agora sinto-o; agora não,
e temo não sentir,
como se ausente de mim mesmo
pudesse deixar de existir,
apesar de vivo.
Não posso ficar na porta de embarque
- tenho de te cheirar, ó vida, como a uma grande maçã viçosa.
Estou a meio no retrato
com o mundo à minha volta,
mas não passo de um bichinho
com universos dentro de mim.
Nova Iorque, 19 de Abril de 2008, 17h42
Etiquetas: Poemas da Terra Nova, Poesia Cordiana, Viagens
4 Comments:
Lindo! Posso adoptá-lo? :)
estranha coincidência...
aínda ontem pedi emprestadas as palavras do Pessoa para exprimir algo similar:
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Bom dia.
o melhor dos três, para mim, Davi.
bem-vindo.
abraço
entre
razão
e emoção
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