quinta-feira, abril 17, 2025

🚫 CENSURA DIGITAL — ARQUIVO DO BLOGUE CADERNO DE CORDA

Desde 2005, o Caderno de Corda publicou mais de 1500 textos - alguns literários e ensaísticos, canções, deambulações mais ou menos imberbes, textos jornalísticos, baboseiras atrevidas, memórias... Durante largos anos, esta casa foi regularmente indexada nos motores de busca, citada por sites e blogues, partilhada, lida, referenciada. Era visível. Existia. As suas palavras existiam.
Paulatinamente, e em especial ao longo da última década, algo mudou drasticamente. A presença do blogue desapareceu dos resultados do Google. Foi desindexado. Silenciado. Tornado invisível.
As ferramentas do próprio Google deixaram de reconhecer o conteúdo. Os sitemaps deixaram de ser lidos. Os backlinks desapareceram. As tentativas menos avisadas de reintegração têm sido bloqueadas. As pesquisas mostram resultados residuais e inócuos — como se o blogue nunca tivesse existido. Após levantamento crítico e técnico minucioso, acreditamos estar perante um caso de apagamento sistemático e intencional.
Este post é um gesto técnico, mas também político. É um manifesto profundamente indignado, ainda que sintético. Uma recusa em aceitar que duas décadas de escrita e pensamento possam ser varridas do espaço público digital. Mesmo que apenas por desactualização tecnológica do template, por ausência de meta-informação moderna, por inatividade percebida, por falta de HTTPS ou “sinais errados” transmitidos ao algoritmo.

📌 O QUE ESTÁ A VER AQUI?

Para tentar forçar a reindexação, reunimos abaixo todos os arquivos mensais do blogue, de março de 2005 a abril de 2025 — um a um, mês a mês. São, à data de publicação, 153 meses publicados, listados com os seus links directos. A cada um será solicitado manualmente o pedido de indexação. Mas o esforço não é apenas técnico. É simbólico. É resistência.


📣 PORQUE ESTE POST É UM ACTO PÚBLICO NECESSÁRIO

É temporário, técnico, mas é também um acto de resistência e memória. Cada clique nestes arquivos é uma recusa ao esquecimento e à tirania dos tempos modernos. Uma forma de contrariar a censura invisível que apaga conteúdo legítimo, jornalístico, literário, pacífico, crítico.
Não somos de certezas absolutas, mas os indícios acumulados apontam para um apagamento digital sistemático e politicamente orientado. O blogue Caderno de Corda abordou em tempos muitos temas sensíveis. Tocou onde não devia tocar. Fez perguntas incómodas. Mencionou nomes. Reivindicou memória. Foi sendo silenciado.
Não é um pedido. É uma ação consciente. Este post foi criado para contrariar o apagamento de quase duas décadas de escrita — especialmente de textos poéticos, literários, jornalísticos, ensaísticos, críticos, de memória e intervenção.
Abaixo encontram-se os links diretos para os 153 arquivos mensais do blogue, de Março de 2005 a Abril de 2025. O que se pode fazer com eles?
👉 Aceder;
👉 Explorar;
👉 Clicar aqui e ali;
👉 Reenviar ou partilhar um post especial, uma memória, um poema, uma canção... (os posts publicados no Caderno de Corda são os textos originais, publicados na hora, sem a devida edição e reescrição dos poemas publicados em livro);
👉 Forçar o Google a admitir que o Caderno de Corda existe, que está vivo, que merece ser visível.
Cada clique sinaliza que o conteúdo é procurado, lido, legítimo. Este é um modo simples de contrariar o apagamento digital — forma de censura implacável e sofisticada como nunca. As estimadas leitoras e os estimados leitores não têm de fazer nada. Mas podem escolher resistir connosco.

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