segunda-feira, março 20, 2023

Três anos

O meu pai, Orlando de Brito Simões, aos 18 anos

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segunda-feira, setembro 12, 2022

Dois anos

domingo, março 20, 2022

Dois anos

domingo, setembro 12, 2021

Um ano

sábado, março 27, 2021

Hoje estaríamos a publicar a crónica d'O Jantar

sábado, março 20, 2021

Um ano

sábado, setembro 19, 2020

Mãe

Completa-se hoje uma semana que a minha mãe partiu, ainda não seriam sete da manhã de dia 12 de Setembro. A minha mãe está viva em mim. Ela é eu e eu sou ela, como sempre fomos, indissociáveis. Se sou Amor, carinho, ternura e compaixão, sou ela. 
Marco a passagem desta semana sem adjectivos ou qualificativos, mas com uma canção que escrevi, compus, toquei, cantei e gravei chamada "Mãe", publicada no dia 5 de Maio de 2013 (dia da Mãe) no Caderno de Corda. A canção contou com a colaboração do meu querido amigo Sebastiano Ferranti, que tocou bateria, gravou, misturou e masterizou no seu estúdio caseiro. O baixo e as guitarras foram gravados por mim, em minha casa, num modesto gravador de quatro pistas. 
Apesar destes e de outros factos, esta não é uma canção de dia da mãe e muito menos um tema de alegre exaltação à progenitora ou a uma qualquer efeméride que daí decorra. Em boa verdade, é uma canção que, perante medos, desesperanças, sofrimentos e solidões, clama pela mãe - a mãe de todas as mães, porventura o Eterno Feminino. 
"Eterno Feminino" terão sido as últimas pa­lavras de Goethe, no segundo Fausto, para designar a atracção que guia o desejo transcendente do homem. Curioso que eu tenha utilizado, na letra, ideias e palavras de Fausto (o Bordalo Dias), mas também de Jorge Palma e, muito especialmente, de José Mário Branco. Na ideia referida de Goethe, o feminino representa o desejo sublimado, o que é proclamado por um coro místico: "O Eterno Feminino atrai-nos para o Alto." 
Em muitas cogitações filosóficas, antropológicas ou místicas, a mulher está mais li­gada do que o homem à alma do mundo, às primeiras forças elementares, e é através dela que o homem comunga dessas forças, encontrando no Amor a grande força cósmica. 
A Virgem-Mãe, Nossa Senhora, é uma encarnação evidente do tema. O Feminino autên­tico e puro é, por excelência, uma energia luminosa e casta, portadora de coragem, de ideal e de bondade a que recorremos em oração e, amiúde, em desespero de causa, clamando pela mãe. Por vezes, escrevem-se canções com esse fito... 
Para Jung, o feminino personifica as tendências psicológicas femininas na psique do homem, como, por exemplo, senti­mentos e humores instáveis, intuições proféticas, sensibilidade face ao irracional, capacidade de amar, a faculdade de sentir a natureza e, finalmente, as relações com o inconsciente.
Se foi nisto que o Jorge Palma pensou quando escreveu, por exemplo, o refrão da "Canção de Lisboa", ou o Fausto, quando redigiu o poema da canção "Ó Mar", que obviamente inspira a segunda e a terceira estrofes, não faço ideia, mas certo é que o José Mário Branco tocou a ferida universal quando descambou num pranto doloroso à mãe já na parte final da épica canção "FMI", à qual roubei palavras que adaptei para a última estrofe e último refrão da minha canção "Mãe".


* Mãe - letra *

Meto à boca o pão
seco, duro como pedra, amor
que não me deste a...
beber do teu suor
o sal da vida salga
a ferida eterna e universal
Sou mais do que animal,
mais que a fera parida
- Mãe -

O que o tempo esqueceu
leva que hei-de voltar ao mar
profundo de um sono meu
Eu sou como quem vem
desamparado pra regressar
ao fundo ventre da mãe
Sou mais do que animal,
mais que a fera parida

- Mãe -

Sou algo que é só meu,
faço comigo o que quiser
Desde que haja amor?
- Amor não dá de comer
Não posso desnascer,
ir embora sem ter de ir embora,
sou deste tempo,
entre fugir de me encontrar
e me encontrar fugindo

- Mãe -

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segunda-feira, setembro 14, 2020

Maria Teresa dos Santos Cabrita de Almeida de Brito Simões (11/07/1953 - 12/09/2020)

A minha mãe, Maria Teresa dos Santos Cabrita de Almeida de Brito Simões, faleceu por volta das sete horas da manhã de dia 12, sábado, aos 67 anos. A cerimónia de cremação decorrerá amanhã na Capela do Cemitério de Almeirim, pelas 10h30, e a cremação será às 11h30.

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segunda-feira, março 23, 2020

A canção do meu Pai

Compus e gravei esta canção para o meu pai quando era seu cuidador. O "Naninho" (como eu lhe chamava nestes últimos anos) acompanhou todo o processo, em casa comigo, ao longo de largas horas de prática e gravação, especialmente durante a noite. Apesar da demência, entoou a canção, bateu o pé e meneou a cabeça quando a masterizei e lha mostrei nos phones. Hoje, que o meu pai chegou à sua morada definitiva, divulgo pela segunda vez a canção que fiz só para ele em 2014. Devo ainda mencionar a colaboração do meu querido e velho amigo Nuno 'Dino' Rodrigues, que me recebeu em sua casa, no seu estúdio caseiro, para gravarmos o coro.

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O cavalo e a corda

Um homem passeava por uma pequena cidade rural quando um cavalo reteve a sua atenção. Parou momentaneamente a observar o animal. Intrigou-o o facto de que aquela poderosa criatura estava presa por apenas uma pequena corda amarrada frouxamente a uma cadeira de plástico. Sem cercas, sem correntes, sem portões de cavalariça. O cavalo poderia, facilmente e a qualquer momento, romper o vínculo à cadeira, mas, por alguma razão, não o fez.
O homem viu ao largo aquele que aparentemente seria o dono do animal e perguntou-lhe como é que o cavalo tinha sido amestrado para ficar ali imóvel, como se estive irremediavelmente preso.
- Bem - disse o proprietário -, é muito simples: quando eles são muito jovens e pequenos, usamos a mesma corda para amarrá-los e, nessa idade, é suficiente para segurá-los. Claro, eles tentam libertar-se, mas rapidamente descobrem que não conseguem. À medida que crescem, são condicionados a acreditar que não podem fugir. Este cavalo, por exemplo, acredita realmente que a corda o impede e nunca procurou libertar-se.
O homem ficou surpreso. O animal podia fugir a qualquer momento, mas acreditava não haver alternativa; estava mentalmente condicionado. Perturbado, o homem prosseguiu o seu passeio, deambulante, e deu por si a questionar-se. "Quantos de nós são exactamente como aquele cavalo indefeso?"

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sexta-feira, março 20, 2020

Orlando de Brito Simões (20/10/1952 - 20/03/2020)


O meu pai, Orlando de Brito Simões, faleceu esta madrugada com 67 anos. Há cerca de duas semanas esteve internado no Hospital de Santarém, donde teve alta ao final de três dias com diagnóstico de infecção respiratória aguda. Não foi testado para despiste de Covid-19. A médica que o assistiu foi entretanto testada positivamente. Não haverá velório. O funeral terá lugar no Cemitério de Santarém, segunda-feira, pelas 9h30. Apenas poderão comparecer até 20 pessoas.

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quarta-feira, março 11, 2020

Da paranóia e da neurose colectivas

Lido num livro que está a ser escrito:

"Juntando peças, Jeremias não podia deixar de constatar os preparativos para, em última análise, o nascimento de um estado policial global com um governo invisível, omnipotente, que controlava já o governo norte-americano, a União Europeia, a OMS, a ONU, o Banco Mundial, o FMI e toda e qualquer instituição de calibre semelhante. Estava tudo à vista de todos: o terrorismo promovido pelos governos, que, por sua vez, muniam esse mesmo terrorismo; o controlo da população por intermédio da manipulação dos media e do medo; as crises financeiras forjadas para cavar mais profundos fossos entre o pequeno e o grande capital, e entre ricos e pobres de uma forma geral; as pandemias e as doenças criadas em laboratório com o fito de servir múltiplos propósitos geopolíticos, mas também como forma de produzir um efeito de arrastão pelo qual, ciclicamente, as farmacêuticas colhiam os resultados de campanhas de medo minuciosamente planeadas."

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terça-feira, fevereiro 18, 2020

Beatriz Sousa dos Santos Damião Pinto


Inicia-se, por esta mesma hora, uma viagem de deslumbramento. A madrugada alta abriu-me as persianas com esta imagem, recebida às 5h34. É o dia da Beatriz, mas também da Carolina, da Sofia e do Ricardo; do clã Pinto e do clã Damião; dos amigos e de todos quantos lhes querem muito. É por esta mesma hora que a Beatriz, a portadora de felicidade, inicia a sua rota peregrina. E eu, feliz até às lágrimas, sou um privilegiado por partilhá-lo. Até já.

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segunda-feira, janeiro 20, 2020

Mensagem

«Lembra-te sempre de quem és, de onde vieste. Nunca deixes que te pisem, que mandem em ti ou que te digam que não consegues. Acredita e persegue os teus sonhos. Tem fé, seja no que for. Lembra-te de olhar para as estrelas; não para os teus pés. Nunca deixes de aprender e de trabalhar. O trabalho deve ser o que te dá prazer e o labor do teu sonho, do teu destino. Dá-te com os melhores e serás tão boa ou melhor do que eles. Se não tiveres alternativa à luta, faz por que te temam. Observa e discerne antes de agir. Se encontrares amor, cuida-o. Emprega sempre a grande virtude da paciência e não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti, mas, sobretudo, sê fiel a ti própria. Tens estrelas a guiar o teu caminho - neste mundo e no outro. Mantém-te justa, leal, sincera, briosa, honesta e tudo virá. Persevera em ser boa; farás de todos melhores em teu redor. Ditarás o teu destino quando os teus actos estiverem em consonância com o teu pensamento; quando te recusares a rastejar se puderes voar. Mesmo que te aprisionem, serás sempre livre, sã e salva. O corpo é a prisão. Só há uma liberdade: a do pensamento… e da bondade. E não há liberdade sem desobediência.»

Para R.

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terça-feira, novembro 19, 2019

José Mário Branco, do Porto, muito mais vivo que morto

Tive o privilégio de conhecer José Mário Branco em 2008, mais precisamente no dia 9 de Fevereiro, quando os meus Baby Jane se juntaram a ele em concerto de protesto pelo Movimento Porta 65 Fechada. Além da grandeza da obra, do carácter e do génio, ficou-me gravado o trato extraordinariamente afável de um homem terno, solidário, generoso e humilde, pronto para os outros e para a guerra. Ouçamos a imortal catarse.


Resultado de imagem para porta 65 fechada "josé mário branco"

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segunda-feira, janeiro 15, 2018

Há precisamente 18 anos...

Baby Jane (com Pablo Ataide Banazol a salvar o dia) no ISCTE, pela Mega Tour da Mega FM 
15 de Janeiro de 2000

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sexta-feira, outubro 20, 2017

Cinco anos...

domingo, outubro 08, 2017

Sonic Musketeers

Não é uma corrente. Apeteceu-me partilhar isto por ter-se afigurado demasiado óbvio, certeiro e decisivo na minha cabeça e no meu espírito. Quase premente. Os três discos da minha vida: "White Album" (The Beatles), "Só" (Jorge Palma) e "Ten" (Pearl Jam).

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sábado, agosto 06, 2016

Demasiado para o exprimir por palavras minhas

sexta-feira, abril 08, 2016