1984 - Recorte Fílmico
Nos últimos dois dias aproveitei para rever um filme cujo livro em que se baseia está entre as obras-primas da minha eleição. O filme é, como o título deste post desvela, "1984", obra homónima em ambos os formatos. Acabei de o rever com o meu pai, que o adquiriu em DVD. Vi-o duas vezes nestes dois dias. O livro, creio tê-lo lido incansavelmente quatro vezes.
Winston Smith (John Hurt) lê, deitado ao lado de Julia, que dorme o seu beauty sleep com a cabeça poisada no peito dele. Estavam no quarto alugado a quatro dólares por semana ao velho e embusteiro Charrington, depois de O' Brien (Richard Burton) ter facultado a Winston o "Livro" proibido do traidor Goldstein, disfarçado em 10.ª edição do dicionário de Newspeak (Novilíngua). Neste recorte do excelente filme, embora insuficiente e redutor quanto à obra literária de George Orwell, Winston lê o "Livro". Não sendo este o texto escrito pela pena de Orwell, e recomendando eu a leitura do livro, sem a qual o filme pode ser erroneamente apelidado de intelectualóide ou psicadélico, passo a lançar o meu Recorte Fílmico textual, que se reporta à leitura interior de Winston, reprodução reflexiva silenciosa das palavras ilícitas e reveladoras do "Livro" de Goldstein:
(...)
In accordance with the principles of doublethink, it does not matter if the war is not real, or, when it is, that victory is not possible. The war is not meant to be won; it is meant to be continuous. The essencial act of modern warfare is the destruction of the produce of human labour. A hierarchical society is only possible on the basis of poverty and ignorance. In principle, the war effort is planned to keep society on the brink of starvation. The war is waged by the ruling group against its own subjects. Its object is not victory over Eurasia or Eastasia, but to keep the very structure of society intact.
(...)
Julia acorda suavemente, olha para Winston, trocam poucas palavras. Sente-se entre ambos uma atmosfera apaziguadora de felicidade e liberdade, coisas para eles desconhecidas. Winston, ainda pensando no que lia, diz a Julia:
(...) To be in a minority of one doesn´t make you mad.
Etiquetas: Cinema, Literatura, Quotidianos, Textos Alheios, Totalitarismos
2 Comments:
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