terça-feira, novembro 08, 2005

Poemas da adolescência 31

Onde estão as escadas, que as não encontro? Dança, rodopia a noite, lençol negro amarfanhado de estrelas confusas, arrastadas num diafragma aberto e tonto. Piões de corda, confettis de silêncio preto e branco refulgente. Tudo retardado. Movimento fino. Deixei-te ver o sítio onde me escondo. Trouxe-te à minha caverna em estado de sítio, castelo de escombros. Mas a candeia do teu peito iluminou-a e, com efeito que nem eu sei, pude ver todos os locais onde na penumbra tropecei. Reencontrei até um velho carreiro de ar pesado, estreito e justo, desfiladeiro de saborear água pura a custo. Atravessei o negror sem susto e cheguei a ti, galeria de luz.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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sábado, julho 22, 2006 6:27:00 da tarde  

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