Do Lado Proibido do Muro (Impromptu)
Silêncios e dores,
negros como a noite,
destoam tambores
nos átrios antigos.
Um canta cantigas,
outros caem perdidos,
e, na calçada, raparigas
despidas em corpos vendidos.
Um dá um açoite
na síncope amante;
outro expia do peito
a doçura do sangue.
As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.
negros como a noite,
destoam tambores
nos átrios antigos.
Um canta cantigas,
outros caem perdidos,
e, na calçada, raparigas
despidas em corpos vendidos.
Um dá um açoite
na síncope amante;
outro expia do peito
a doçura do sangue.
As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.
Nota autoral: Este poema de caixa de comentário - a chamada poesia contemporânea de ponta - foi, uma vez mais, escrito após inspiração bafejada pelo meu velho companheiro T. (Rato do Deserto). Das corujas a Berlim ou à escadaria do Torel?...
Etiquetas: Da Blogosfera, Hipertexto Vazante, Notas Autorais, Poemas de Caixa de Comentário, Poesia Cordiana
5 Comments:
Por detrás do muro,
por detrás da esperança,
ouve-se um murmurio,
choro de criança...
por detrás da gente
por detrás de nós,
há uma noite diferente
há estrelas tão sós...
Por detrás das palavras
e da pura semântica
estão violinos e harpas
de uma canção antiga;
espíritos e melodias
se enlaçam em cantiga
celeste, nobre, anciã da vida
terrena e simbólica,
incompreendida, sofrida,
na poesia hiperbólica.
posso subscrever?
As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.
subscrevi.
porque gostei. mt e mt.
beijo.
as melhoras David... tá visto que nem a amigdalite te abala o dom.
Até sábado
Abração
:)
Apesar do smiley, isto não está famoso...
"Abreijos"
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