quinta-feira, junho 21, 2007

Do Lado Proibido do Muro (Impromptu)

Silêncios e dores,
negros como a noite,
destoam tambores
nos átrios antigos.

Um canta cantigas,
outros caem perdidos,
e, na calçada, raparigas
despidas em corpos vendidos.

Um dá um açoite
na síncope amante;
outro expia do peito
a doçura do sangue.

As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.

Nota autoral: Este poema de caixa de comentário - a chamada poesia contemporânea de ponta - foi, uma vez mais, escrito após inspiração bafejada pelo meu velho companheiro T. (Rato do Deserto). Das corujas a Berlim ou à escadaria do Torel?...

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5 Comments:

Blogger JPT said...

Por detrás do muro,
por detrás da esperança,
ouve-se um murmurio,
choro de criança...

por detrás da gente
por detrás de nós,
há uma noite diferente
há estrelas tão sós...

quinta-feira, junho 21, 2007 12:28:00 da tarde  
Blogger Davi Reis said...

Por detrás das palavras
e da pura semântica
estão violinos e harpas
de uma canção antiga;
espíritos e melodias
se enlaçam em cantiga
celeste, nobre, anciã da vida
terrena e simbólica,
incompreendida, sofrida,
na poesia hiperbólica.

quinta-feira, junho 21, 2007 2:55:00 da tarde  
Blogger isabel mendes ferreira said...

posso subscrever?

As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.



subscrevi.





porque gostei. mt e mt.



beijo.

quinta-feira, junho 21, 2007 4:28:00 da tarde  
Blogger Ricardo said...

as melhoras David... tá visto que nem a amigdalite te abala o dom.
Até sábado
Abração

quinta-feira, junho 21, 2007 6:15:00 da tarde  
Blogger Davi Reis said...

:)

Apesar do smiley, isto não está famoso...

"Abreijos"

sexta-feira, junho 22, 2007 2:04:00 da manhã  

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