segunda-feira, julho 09, 2007

Por Detrás das Palavras

Por detrás das palavras
e da pura semântica
estão violinos e harpas
de uma canção antiga;
estão alegrias, melodias
entrançadas em cantiga
celeste, nobre, anciã da vida
terrena e simbólica,
incompreendida, sofrida,
na poesia hiperbólica.

Quinta-feira, Junho 21, 2007 2:55:00 PM

Nota Autoral: Este poema ("pseudopoema", pensou o estimado leitor?) resultou de mais um fugaz momento de emulação poética de caixa de comentário com o meu querido amigo João Trigo, que, por sua vez, como pescadinha de rabo na boca, já comentava ESTE outro poema, nascido antes noutra caixa de comentário.

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quinta-feira, junho 21, 2007

Do Lado Proibido do Muro (Impromptu)

Silêncios e dores,
negros como a noite,
destoam tambores
nos átrios antigos.

Um canta cantigas,
outros caem perdidos,
e, na calçada, raparigas
despidas em corpos vendidos.

Um dá um açoite
na síncope amante;
outro expia do peito
a doçura do sangue.

As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.

Nota autoral: Este poema de caixa de comentário - a chamada poesia contemporânea de ponta - foi, uma vez mais, escrito após inspiração bafejada pelo meu velho companheiro T. (Rato do Deserto). Das corujas a Berlim ou à escadaria do Torel?...

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quinta-feira, maio 17, 2007

Do comentário ao post... (parte II)

Pela mais saudável emulação para com o meu Irmão Trigo - e, de novo, claro está, pela desgarrada poética em tempo real na caixa de comentário do post anterior, com título homólogo -, vejo-me impelido a publicar em letra de forma a parada-resposta. Assim foi:
... diz que dói o osso ao morder,
gane de tristeza e agonia.
Pior que copiar é não saber
que ter ideias próprias alivia.
Quarta-feira, Maio 16, 2007 11:19:00 AM
-*-
Davi Reis said...
... Alivia não saber,
mais do que a sapiência.
Feliz daquele que antes quer
manter-se na ignorância!
Quarta-feira, Maio 16, 2007 3:40:00 PM
-*-
Ladrões de fato e gravata,
caneta em punho, sim senhor!
São reis com coroas de lata,
feudos sem qualquer valor...
Quarta-feira, Maio 16, 2007 3:50:00 PM
-*-
Davi Reis said...
Tenho colarinho branco e botões de punho...
Poso para tanto; tiro um mês em Junho...
Arquitecto um império; voto tristeza ao mundo,
e tudo sem sair do sério; sem sentir por um segundo.
Quarta-feira, Maio 16, 2007 4:15:00 PM
-*-
Sinto-me triste ao ouvir
a voz de quem foi roubado.
Amigo, dou-te a seguir
aquele abraço apertado.
Quarta-feira, Maio 16, 2007 4:22:00 PM
-*-
Davi Reis said...
E eu retribuo-o com muito grado.
Quarta-feira, Maio 16, 2007 4:27:00 PM

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segunda-feira, maio 14, 2007

Do comentário ao post...

A propósito de um comentário de índole poética deixado AQUI pelo Paulo (a que o Trigo deu inspirada prossecução), relembrando o pernicioso caso de plágio perpetrado pela RTP ao Caderno de Corda (link não inclui a totalidade dos posts "Plagius Maximus"), deixo aos estimados leitores a minha recatada resposta, em também modesto verso:

Dizia então Picasso num seu texto
que copiar o outro é perigoso,
mas pior é copiar-se a si mesmo,
como cão que morde o próprio osso...

"Copiar-se a si mesmo é mais perigoso que copiar os outros.
Leva à esterilidade."

Pablo Picasso

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