Anno III - O Jantar
De modo (im)perfeitamente aleatório, como sempre: Trigo, Bruno, Gustavo, Pinto, César, Tomás, eu, Paulo, Joana e Margarida
Mesmo sítio, mesmo dia e hora. Há um ano. Há dois anos. Um jantar anual que já transcendeu em muito a liça cibernética, do virtual para a mais tangível realidade dos afectos; jantar que, arrisco dizer, é igualmente um feito de todos - amigos de sempre e para sempre -, muito além da mera celebração do aniversário deste blogue. O Jantar dos que abrem as portas ao Mundo, sem medo da felicidade.
Num ano, tudo mudou para alguns de nós. Castelos desmoronaram-se na fímbria enchente de amores, desamores, encontros e desencontros, batalhas e outras derrocadas então desesperantes. No mesmo ano, sonhos se realizaram em primaveras de Inverno, o encantamento ateou de surpresa a brasa de um Desígnio que sempre esteve dentro de nós.
O Desígno é esta coisa indizível e inebriante que nos traz juntos há tantos anos, que nos predispõe mutuamente, preterindo a esterilidade quotidiana.
Aos poucos aprendemos a ser Homens, unidos na inexplicável simplicidade de crianças, no fundo dos olhos nossos, nos abraços de gente una em algo que se sente sem sentir. Para ti escrevo, para todos escrevo. Cada um reconhecerá a sua frase-sintagma, o seu suspiro, a sua pausa angustiada ou inquieta, mas, acima de tudo, a sua alegria cintilante numa estrela de destino, a certeza de um descontentamento contente quando, apesar de sós, estamos sempre acompanhados.
Já sorri com ternura e gargalhei de pura graça. Apetece-me repetir a deixa de um princípio de manhã há exactamente dois anos...
No final de um concerto memorável no Ritz Clube, o Sérgio Godinho despede-se, após “Lisboa que amanhece” em uníssono arrepiante, dizendo:
- Obrigado. Boa noite. Foi muito bom. Até amanhã!
Parece-me perfeito.
Aqui e agora. Regresso à publicação.n.b. - Aquele abraço àqueles que, apesar de ausentes, connosco estiveram. Ao Pimenta, ao João Carlos e à Rita, ao Rui Martins e, muito especialmente, ao Félix, neste dia tão doloroso para ele.
Etiquetas: Aniversário Cordiano, Da Blogosfera, Diário de Bordo, Fotos e Imagens Cordianas, Hipertexto Infuso, Hipertexto Vazante, Prosas Cordianas, Quotidianos
9 Comments:
Um jantar a repetir, caro amigo. é pena é o Caderno só fazer anos de 12 em 12 meses....
grande abraço e parabéns. Manda vir mais frangos.
e se em vez de "Sara" estivesse "Joana" na legenda da foto, tudo estaria ainda mais perfeito :)
Foi óptimo irmão, tu sabes que apenas contigo e por ti, estas efemérides fazem sentido.
Aquele abraço e venha de lá essa novo cabeçalho, que daqui não vejo nada.
Abração
Ai, caramba! Eu sei que é Joana! E tu também sabes que eu sei que tu sabes que eu sei... Raios! Vou já tratar disso. Perdoa-me Joana. Foi um lapso de cansaço para o qual até tenho explicação...
Mano Pinto, o cabeçalho já está a bombar deste a madrugada passada... Não imagino porque não o vês... Estranho.
Aquele!
Mais um jantar cordiano para a conta.
Venham eles!
Abraço,
Kaiser
...e mais relva.
Nao faz mal, irmão mais velho do Pinto, não te preocupes comigo, o meu segundo nome pode passar a ser Sara!!! Beijinhos. Obrigada pelo convite. Adorei o frango e amei o esparregado. Quero mais, já tenho fome outra vez...
quero mais? onde é que eu já ouvi isso? Soa-me a familiar...
beijo grande.
Abração mano velho, e até amanhã.
:D
Até amanhã...
...epá, este ano não estive lá, mas para o ano dou cabo de 2 frangos na boa!
O abraço
fui
Enviar um comentário
<< Home