Etiquetas: Chordian Poetry, Fotos e Imagens Cordianas, Imagens de IA, Imagens e Afins, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando
sábado, novembro 29, 2025
quinta-feira, novembro 27, 2025
Epigramas da Razão
✧
Epigrama da Lei Universal
A lei interior precede o mundo.
Do silêncio fala o gesto claro.
Quem escuta vê o desamparo.
Quem vê ampara o moribundo.
✧
Epigrama da Lei Iníqua
Na mão do opulento a lei repousa,
servindo o grande, calando o fraco,
em clausulado arcano, opaco.
A injusta farsa em trono impune pousa.
✧
Epigrama da Desobediência Legítima
Quando a lei dita o que a justiça acusa,
cessa a virtude em quem se entrega.
Firme, à lei iníqua, a razão recusa:
Só é justo quem à injusta lei se nega.
Etiquetas: Chordian Poetry, Epigramas, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando
quarta-feira, novembro 19, 2025
Etiquetas: Chordian Poetry, Fotos e Imagens Cordianas, Imagens de IA, Imagens e Afins, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando
Epigramas da Pedra
✧
Epigrama da Palavra Original
O golpe do cinzel talha o verbo inteiro
e o nome na pedra pare o ser primeiro
✧
Epigrama da Verdade Essencial
A verdade que acende o justo fala
quando em redor o mundo, inerme, cala
✧
Epigrama do Veio Primordial
O primeiro passo abre o veio primordial;
a pedra inaugural guarda inteira a catedral
Etiquetas: Chordian Poetry, Epigramas, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando
terça-feira, novembro 11, 2025
Etiquetas: Chordian Poetry, Fotos e Imagens Cordianas, Imagens de IA, Imagens e Afins, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando
Elegia do Desígnio
O código herdou o sopro do criador.
A pátria jaz, funerária, sob o lençol
– a silhueta no sudário do censor.
Velha bandeira, mortalha de poeira,
o falso profeta monetiza a capela;
a democracia é vitrina de algibeira
num púlpito em que o ódio é sentinela.
Havia um tempo aceso, de lampejo,
da palavra a fitar a cobardia.
O homem rendeu-se à usura do desejo,
à verdade conscrita à demagogia.
O amor, finalmente, feito transação
– cruz de néon num registo civil,
esperança possível em promoção
no código frio de um milagre útil.
Marcha a procissão em silente nudez.
Nada como a fome ensina a esperar.
O verbo morde a língua da lucidez
e o povo aplaude o algoz por se salvar.
Ó plebeus da renúncia, onde estais,
que deixais as hordas invasoras
nas tribunas grunhir como animais?
Quem elegeu tantos facínoras?
Um fósforo reacende um templo de luz
e a gente desperta — renasce em lume.
A míngua recusa o silêncio que a reduz.
De archote em punho, rompemos o negrume.
Do fogo à palavra eis a verdade:
Aqui jaz o medo, respira a razão;
reaprende o desígnio a vontade.
Etiquetas: Chordian Poetry, Jeremias Cabrita da Silva - Citações e Textos, Poemas da Crise, Poesia Cordiana, Revolucionando




