Jane (7 de Dezembro de 2008 - 11 de Novembro de 2024)
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N. do A. – Poema composto a partir da reescrita do poema “Ficção”, redigido em Maio de 2009 e publicado em 2012 no livro “Sétima-Feira”, e da letra de uma velha canção, tirulada “Areias de Júpiter”, que nunca chegou a ser gravada. “Ficção” fora dedicado a Kurt Cobain, em parte inspirado por Velvet Underground.
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"The Persistence of Memory", Salvador Dalí, 1931 |
Esquece-te do futuro!
Não adianta morrer.
A vida é uma ordem.
Aos ombros levas o mundo,
nos olhos guardas o mar
e nada esperas de ninguém.
A angústia define um tempo fundo
que tentas agrilhoar, deter
na pulsação de um poema.
Por que força, por que muro
podes o tempo suspender
em placidez suprema?
Nenhuma!, nenhum augúrio,
qualquer hipótese de prever
a negra sombra do dilema.
Tens mais passado que futuro
e sabes: o que estás a ser
é deixares de ser o que és.
Tiveste o mundo aos pés
quando nada tinhas
e todas as horas perdidas seriam ganhas
se na jarra da cozinha houvesse flores,
soubesses tu viver incauto,
alheio à voracidade do tempo.
Por que fica tarde tão cedo?
A noite é demasiado curta
se o tempo é para sempre.
Mas o tempo não existe, é segredo
guardado à dócil força bruta
na gestação longa de um ventre.
O tempo faz o vinho azedo,
mas também cura e transfigura,
nada perde, tudo transforma.
Todo o tempo é tempo de fazer o certo,
seja o tempo invenção da morte.
Não basta ir sendo numa cama morna.
O tempo não fez do longe perto
nem nos repisa à sorte
sobre a face da bigorna.
Anda em silêncio a orar no deserto,
regedor do céu e do inferno,
sob crepúsculos de asas pacientes.
Implacável, o tempo é presente
e nem perdoa a quem, num átimo de poesia,
conheceu a eternidade inteira num só dia.
Se o tempo remédio fosse, nenhum mal existiria.
Guerra, fome, a discussão lá na cimeira,
provam apenas que a vida prossegue como sempre.
Os imberbes tomam os velhos por tolos;
os velhos sabem que os imberbes o são.
Tempo de depuração.
Já te esqueceste do futuro?
Não adianta morrer.
A vida é uma ordem,
não uma saudade fotografada.
De manhã anoiteces,
pastor da madrugada,
de dia tardas
e de noite ardes pela alvorada.
O teu tempo é quando.
Para tudo há um
momento,
e tempo para cada
coisa sob o céu:
tempo de nascer e
tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de colher.
* A última estrofe, a itálico, traduz um excerto de "Turn! Turn! Turn!", dos Byrds, por sua vez uma canção original de Pete Seeger, cuja letra, excepto o título, repetido como refrão, e os dois versos finais, consiste na reprodução exacta dos primeiros oito versos do terceiro capítulo do livro bíblico de Eclesiastes.
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Ruas inacessíveis, becos sem saída,
incontáveis estradas bifurcadas.
Regressas à casa de partida,
dado a esperanças e encruzilhadas.
Quando as ilusões te salvam, meu menino,
predestinam a revelação dos teus segredos,
tendo a Lua por testemunha, iluminando-te o caminho,
deitando a teus pés, sobre a calçada, todos os medos.
Ali, duas estradas divergiam sob Sol candente
num momento imóvel e arrastado
que da paixão fez pressentimento
e abriu dois sulcos de um mesmo fado.
Não podias seguir por ambos,
mas a Roma dão todos os caminhos,
peregrinação de amantes sozinhos
que ao Amor conduzem desencantos.
Observaste o primeiro trilho:
desaparecia no horizonte,
serpenteante como um rastilho
a espoletar destino adiante.
Olhaste o segundo, vereda montanhosa
de subidas e descidas extenuantes,
e, ao fundo, uma única e serena rosa
decidiu por ti, num dramático instante.
Colhida a rosa, guardada húmida no bolso,
seguiste viagem, subiste e desceste,
caíste e duvidaste, temeste o impulso,
desejaste outro troço que não este.
Deste de beber à rosa pelo caminho,
junto à margem do rio, fio fino
de água entre estradas, traço azulino
que te saciou e levou ao destino.
Não podias esperar pela morte,
nem tua nem da flor
que entregaste à consorte
do teu destinado Amor.
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Foram dois os jantares adiados por força da pandemia, pelo que este 17.º ano exige, além da indispensável presença física da Fraternidade Cordiana, a recuperação do tempo perdido. Assim, por sugestão do Grão-Mestre Cordiano César da Silveira, O Jantar será iniciado mais cedo do que é costume, por volta das 17 horas, configurando um lanche ajantarado, espécie de high tea que redundará num jantar tradicional.
Enquanto houver estrada para andar.
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Após interregno forçado de dois anos em razão da famigerada pandemia, está prometido o regresso d'O Jantar Anual do Caderno de Corda em 2022. No entanto, por motivos de força maior (mudança de casa neste mesmo período), O Jantar não se irá realizar na data tradicional de 26 de Março, véspera da celebração do aniversário do blogue (27 de Março), mas em data a definir no curto prazo, expectavelmente para início de Abril. Como sempre, O Jantar realizar-se-á no restaurante A Valenciana, sendo a participação livre e especialmente dedicada aos indefectíveis Irmãos cordianos e estimados leitores. 'Té já.
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Pelo segundo ano consecutivo, e devido a imposições do contexto pandémico, muito lamentamos não poder concretizar o Jantar Cordiano de 26 para 27 de Março. Como é seu apanágio, o Caderno de Corda celebraria hoje 16 anos à mesa, entre amigos, abraços e amizade altamente contagiosa. Há um ano escrevia-se: "Serve este post para assegurar aos estimados Confrades Cordianos que o Jantar hoje adiado realizar-se-á assim seja possível com estímulo e intensidade redobrados." Contra todas as expectativas, são já dois os repastos adiados, pelo que O Jantar irá realizar-se plenamente assim seja possível, mas com estímulo e intensidade elevados ao quadrado. O Caderno de Corda não vergará.
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