Um ano de Caderno de Corda. Parabéns
Quando iniciei a empreitada do Caderno de Corda, tinha dúvidas. Tinha dúvidas sobre se estaria à altura daquilo que criticamente gostaria de fazer. Dúvidas sobre se conseguiria manter uma publicação regular e original durante um período largo de tempo. Hoje, posso dizer com segurança que tenho mais dúvidas do que as que inicialmente tinha.
Escrevia, num post de 9 de Novembro de 2005, que «ao Caderno de Corda não interessa o individualismo opinativo, a recriação noticiosa, a política, os fait divers, o quotidiano esbatido e mastigado como pastilha elástica vezes sem conta, sem nutrir, enganando o estômago. Não interessa aquilo que já foi dito, a reposição da indignação dos outros nem a ruminagem desencontrada do primordial conhecimento: o de nós próprios».
Obrigado a todos os leitores por serem, em última análise, a razão, se não dos escritos, da sua publicação. Obrigado também àqueles que, através da blogosfera, assinalaram este dia importante para o Caderno de Corda, e assim o comemoraram, para muita satisfação minha. São eles o (excelente professor) Luís Carmelo, no seu genial Miniscente; o Rui Semblano, no interessantíssimo A Sombra, e o amigo Arnaldo Lemos, no Página 23. Obrigado ainda ao Suspirador, da Teoria da Suspiração, por me ter prontamente ensinado a publicar vídeos no blogue.
Apetece-me repetir a punch line daquele post de 9 de Novembro passado, dirigindo uma frase retirada do poema "Setentrional", de Cesário Verde, aos amigos com quem jantei:
"(...) Quando ao nascer da aurora, unidos ambos
Num amor grande como um mar sem praias (...)"
Cesário Verde
Etiquetas: Aniversário Cordiano, Da Blogosfera, Diário de Bordo, Hipertexto Vazante, Música, Notas Autorais, Prosas Cordianas, Quotidianos, Textos Alheios, Vídeos
7 Comments:
Muitos Parabéns, Davi! Pela originalidade do Caderno de Corda, pela dedicação, mas sobretudo pela genuinidade que representa tudo o que fazes. Já tens "obra feita"! Que venham mais uns anos de Caderno de Corda. A tua escrita nunca se esgotará, porque a tua sensibilidade é instrínseca. Até já. Fabi
intrínseca. Esta minha dislexia...
E com a Norma Jean como "cereja"!
Catita! E, de novo, PARABÉNS!
Um grande abraço,
RS
F: Um beijinho muuuito grande!
RS: A cereja serão, porventura, actos de amizade e empatia blogosférica desinteressados como o do Rui.
Grande abraço retribuído
Ainda bem que optáste pelo Cesário, ainda que Verde... e não seguiste por caminhos "Afonsianos", com ordenhas á mistura! Deixemos esses temas para o nosso "homem" do Quiosque...
"Oh fáxavor... É um Correio da Mânha, se faz favor!"
;)
Johnny
fui
... da Manha, da manha. Aqui podemos, felizmente, escrever o til... Por agora já todos sentimos um nervoso miudinho pela hora de amanhã que se aproxima. Vestimos a alma de vermelho. Corações ao alto. Estou para aqui a pensar em como é que hei-de escrever um poema... RUBRO. Sem ordenhas pela matina.
;)
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