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Sem a actualidade que a tábua de valores jornalísticos exige, dedico este tímido
post ao rescaldo minimalista da inglória presença lusitana no Euro 2008. Na esperança de que, com sorte e engenho, pudéssemos mesmo estar no pináculo do futebol europeu, iniciei uma
série de posts centrados na temática em causa, à semelhança do que fiz anteriormente a propósito do Mundial, não fossem os magriços tecê-las...
Sem rebater os factos desportivos e mediáticos a que todos assistimos com maior ou menor entusiasmo, posso apenas manifestar algumas considerações, de mim para mim, esperando sinceramente poder contradizer-me no futuro próximo.
A primeira consideração, que não creio vir a alterar, é a de que Portugal perdeu o Europeu contra a Suíça. Porquê? Por motivos vários que - por manifesta indolência e porque, a descrevê-los, o post deixaria de ser minimalista e superficial, tornando-se profundo - não descreverei.
A segunda consideração - a mais polémica - é a de que enquanto Cristiano Ronaldo for tido como o "patrão" em campo e no balneário, Portugal não sairá da cepa torta. E mais não digo.
A terceira consideração concentra-se em Scolari: por vantajosa que tenha sido a benfeitoria do brasileiro à graça do País, recordar-me-ei sempre de como soçobrámos no Euro 2004 com a Grécia, sempre com apenas um ponta-de-lança, a perder com uma equipa notoriamente mais fraca e em formação "autocarro". Em 2006 eu já havia apelidado, algures neste blogue, de "4x5x1 cagarolas" a táctica de Felipão. Voltou a repetir-se, se bem que, a perder com a Alemanha nos quartos-de-final do recente Euro, chegámos a não ter ponta-de-lança em campo...
A quarta e última consideração é de esperança na negação futura do receio manifestado nos segundo e terceiro pontos. Isto porque Carlos Queiroz parece quase garantido ao comando do seleccionado luso e é, com segurança, o homem certo para o cargo. Na verdade, melhor seria impossível - a bem da equipa "A" actual e futura, se pensarmos no benfazejo trabalho que Queiroz poderá também desenvolver junto das selecções jovens.
Note-se que não guardei considerações quanto à participação desastrosa de Ricardo. Perante a lesão de Quim e a falta de alternativas, a crítica é impotente e gratuita. Do futuro escrevam os deuses e as bruxas.