sexta-feira, outubro 04, 2024

Nova canção: "Não Esqueças de Lembrar" [4’16”]


Memória descritiva:
A “Canção da Rosarinho”, como foi oficiosamente titulada até à conclusão da letra, é a mais recente das canções cordianas, concluída na madrugada de 9 de Setembro de 2024, dia do sétimo aniversário da minha filha, Maria do Rosário de Almeida Pereira de Brito Simões, a quem é inteiramente dedicada. Foi-lhe oferecida para primeira escuta integral com fones nessa manhã, à mesa da cozinha, antes do pequeno-almoço e das primeiras prendas do dia. Foi por ela e para ela que “Não Esqueças de Lembrar” começou a formar-se, resultante de uma composição original de guitarra cujo processo de descoberta se iniciara ainda antes do nascimento.
A ideia inicial, bastante anterior ao processo de composição, fora inspirada preambularmente pela acústica melancólica dos Death Cab for Cutie, ao largo da qual derivei longamente quando ainda residia em Lisboa. Queria fazer uma canção com travo adocicado indie folk, mas sabia ter de encontrar outros elementos, harmonias e frases musicais que me retirassem do universo melopeico e do efeito hipnotizante que aquela sonoridade surtira sobre mim instantaneamente. Se quisesse fazer algo verdadeiramente único, tinha de encontrar o meu próprio caminho, e fui deixando o tempo fazê-lo, indicando-o para mim.
Assim foi quando compus o corpus que acompanha as estrofes de verso de “Não Esqueças de Lembrar” — uma estrutura harmónica organizada em torno de uma linha melódica descendente com início tonal em Dó maior, culminando em resolução cíclica, levando-nos pela mão, de regresso ao ponto de partida. Os trechos encerram-se com a sensação renovada de resolução e continuidade, até que, por fim, tomam outro rumo, partindo a coda de um Dó maior com sétima (C7M) sussurrado por Bob Dylan, o próprio. Abordaremos esta questão adiante.
A Rosarinho teria menos de um ano quando gravámos os balbucios que se ouvem na introdução da canção. Usei então os microfones estéreo do Boss BR-800 no escritório de casa em Santarém, sem quaisquer cuidados, com janelas abertas, o chilreio de pássaros e o ladrar da Jane lá fora, aliás audível na gravação. Terá sido também por essa altura que foi gravada a primeira guia de guitarra e uma melodia pouco depurada de voz. Já tinha a ideia essencial e algumas das palavras que vieram a compor a letra, mas era tudo ainda vago e pueril. Apesar de rudimentar, a guia era estruturalmente correcta e fiel à premissa estabelecida, e até a melodia de voz se tornou muito útil, ainda que de modo fragmentário, para a definição do que veio a ser a versão final — um proveitoso apontamento encapsulado de mim para comigo, para também eu não esquecer de lembrar, quase sete anos depois.
Muita água passou debaixo da ponte e muitos sóis se puseram até que, porque queria concluir a “Canção da Rosarinho” em tempo útil para nós e para projectos que se avizinham, e aproveitando uma semana de férias caseiras em Julho de 2024, resgatei o gravador BR-800 onde se encontrava registado o esboço da canção e revisitei-a com pragmatismo e propósito. A letra ficou fechada ao segundo dia de férias, a melodia também e logo iniciei a gravação da tríade de guitarras — a viola Artis de cordas de nylon à direita, a electro-acústica Ibañez EWC-30 de cordas de aço à esquerda e a acústica de 12 cordas Fender Tim Armstrong Hellcat ao centro.
A gravação decorreu no loft da minha casa em Almeirim, sendo que a Rosarinho assistiu, enquanto desenhava silenciosamente, a parte significativa das gravações de cordas. Tanto as três guitarras como as cinco pistas de voz foram gravadas com o microfone de condensador largo Golden Age Project FC3. Considerando as minhas limitações vocais, optei por gravar cinco pistas de voz, com uma voz média ao centro, ladeada proximamente por duas vozes graves, formando uma coluna vocal ao centro, e, nas alas, duas vozes agudas, em falsete, numa oitava que me obrigou a sussurrar encostado ao pop filter, imaginando-me a cantar suavemente ao ouvido da Rosarinho.
Foram tidos cuidados com os ruídos, mas insuficientes. Por exemplo, foram deixados passar ruídos de pingos do aparelho de ar condicionado por volta de 1’52”, que felizmente se confundem com o áudio de um melro-preto. Porque não usei, mais uma vez, software de edição para modelar ou editar as pistas instrumentais e de voz, tenho de considerar que tais falhas atribuem carácter à canção, não desdenhando dos benefícios da tecnologia. Em boa verdade, utilizei o Audacity, mas para compor as vozes da bebé Rosarinho que se ouvem na introdução e, a meio, o canto do melro, retirado de um registo do canal de YouTube “hebrideanwild”, declaradamente inspirado por “Blackbird”, dos The Beatles, que também usaram o áudio de melros na sua canção.
A coda, cuja dinâmica se altera num suave crescendo, pedia algo percussivo como pandeireta, shaker ou ambos, mas, após algumas experiências simples com microfone aberto, não quis introduzir mais texturas rítmicas e elementos de captação natural, acrescentando camadas desnecessárias de som ambiente e correndo o risco de “sujar” um ambiente sonoro razoavelmente “limpo”. Por uma questão prática, optei apenas pelo shaker, que surge à esquerda em fade in, para se passear em torno do ouvinte e terminar ao centro com duas semínimas nos terceiro e quarto tempos do último compasso. Podia ter adicionado camadas de complexidade aos arranjos, à composição, à letra e à própria gravação, mas quis fazê-la simples e directa. 

Recensão autocrítica:
Oferecida, portanto, a 9 de setembro de 2024, dia do sétimo aniversário da minha Rosarinho, esta era uma canção especial, que considerei indispensável para fechar obra sonhada, de que em breve haverá notícias. A gestação de cerca de sete anos traduz o tempo necessário para fazer jus à observação da famigerada grande virtude da paciência, de que tantas vezes falo à Rosarinho, e de que tantas vezes me falara a sua bisavó Rosário. Retrocedendo então ao ponto de partida, terão sido os Death Cab for Cutie que provocaram a intenção exordial de fazer uma canção, sem saber ainda para que fim, com que fito. Quando a ouvi pela primeira vez, quis tocá-la de imediato, sabendo instintivamente que algo floresceria da descoberta. A ambiência já indiciava uma potencial canção de embalar melancólica mas doce, como veio a verificar-se, mas fiquei viciosamente cativo na melodia e nos acordes, e tive de procurar caminhos alternativos e complementares. A certo ponto do processo exploratório, compus o tal corpus que acompanha as estrofes de verso.
Só mais tarde, era a Rosarinho bebé, compus a bridge que se ouve do primeiro para o segundo terço da canção e que funciona como um interlúdio simbólico da presença dos The Beatles nos altifalantes e nos espíritos cá de casa. Do ponto de vista compositivo, é também uma pequena homenagem à banda de Liverpool — um trecho que deriva de flexões e inflexões, também elas descendentes, de “Blackbird”. Daí, da letra e da lógica da canção, também acontece a oportuna inclusão do canto de um melro-preto, à semelhança do que os The Beatles fizeram na sua canção. Faço ainda questão de mencionar que, na composição vocal, voltei a ter os Fab Four como referência, inspirando-me em aspectos melódicos e líricos de “For No One” (“Amanhã de manhã…“), “A Day in the Life” (“Nos teus olhos brilha o mar…”) e ainda, muito remotamente, “Hey Jude”. O final é segredado pelos Death Cab for Cutie e por Bob Dylan, a quem pedi emprestados acordes de “Don’t Think Twice, It’s All Right”, a começar pelo tal Dó maior com sétima (C7M).
A letra foi escrita a pensar numa menina de seis anos, quase sete. Simples, centra-se inteiramente em ideias e conceitos comungados por pai e filha, em memórias comuns e em senhas e contrassenhas. São disso exemplo, desde logo, os dois primeiros versos, adaptados do poema “Setentrional”, de Cesário Verde – versos que constituem um dos nossos códigos. Se pergunto «como é o nosso amor?», recebo a resposta «grande, grande como um mar sem praias». Não querendo fazer apreciações, dissecações ou dissertações sobre a letra, que é íntima e autoexplicativa, não posso deixar de referir que esta é uma canção para ser escutada à la longue, como a letra sugere, também pelos vindouros.
Ao tema óbvio do amor paterno e incondicional, soma-se uma abordagem poética que mistura a simplicidade e a profundidade de uma canção de embalar, em que os elementos dos sonhos, da memória e da continuidade se entrelaçam no desejo de perpetuar o amor e a ligação para lá do aquiagora, como se uma canção pudesse ser cápsula de amor preservado, pronta para ser reaberta adiante. A estética simples e acústica faz de “Não Esqueças de Lembrar” uma peça direta, mas emocionalmente esmerada, doce e melancólica, que abraça e embala na ternura de uma declaração de amor intemporal, sublinhando a importância da memória como ato de carinho e permanência, bem como a transmissão de valores e afetos que sobrevivam ao teste do tempo para serem expressos e vividos ativamente, nomeadamente através da arte e da imaginação.
“Não Esqueças de Lembrar” procura estabelecer um diálogo implícito entre passado, presente e futuro, pelo qual o amor é o fio condutor que une gerações. Esse conceito de continuidade e herança emocional é talvez o imo da letra, cujo apelo final simboliza não apenas a canção como um legado, mas também um amor que transcende o tempo e as palavras. Insha'Allah.

Não Esqueças de Lembrar
(letra)

Um amor grande
como um mar sem praias
Quando te vi
fui de alegria às lágrimas

E nos teus olhos
não deixes de lembrar
… os meus

E enquanto puderes lembrar
não esqueças de cantar

Nos teus olhos brilha o mar
e um pôr-do-sol aberto de par em par

E nos teus sonhos
não deixes de sonhar
… os céus

Amanhã de manhã
vai brilhar uma estrela,
é aquela que revela
não haver adeus

Dessa janela
não esqueças de lembrar
… os teus

Hás-de poder cantar
esta canção de embalar
a quem a souber ouvir
e mais tarde escutar,
a quem seja para nós
uma bênção de Deus
Não te esqueças de a cantar aos teus

Amor meu,
coração fora do peito,
contigo sou inteiro,
somos um desse jeito
Somos um só grito,
infinito,
amor perfeito,
não esqueças de lembrar

Setup da gravação caseira das vozes

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sábado, setembro 19, 2020

Mãe

Completa-se hoje uma semana que a minha mãe partiu, ainda não seriam sete da manhã de dia 12 de Setembro. A minha mãe está viva em mim. Ela é eu e eu sou ela, como sempre fomos, indissociáveis. Se sou Amor, carinho, ternura e compaixão, sou ela. 
Marco a passagem desta semana sem adjectivos ou qualificativos, mas com uma canção que escrevi, compus, toquei, cantei e gravei chamada "Mãe", publicada no dia 5 de Maio de 2013 (dia da Mãe) no Caderno de Corda. A canção contou com a colaboração do meu querido amigo Sebastiano Ferranti, que tocou bateria, gravou, misturou e masterizou no seu estúdio caseiro. O baixo e as guitarras foram gravados por mim, em minha casa, num modesto gravador de quatro pistas. 
Apesar destes e de outros factos, esta não é uma canção de dia da mãe e muito menos um tema de alegre exaltação à progenitora ou a uma qualquer efeméride que daí decorra. Em boa verdade, é uma canção que, perante medos, desesperanças, sofrimentos e solidões, clama pela mãe - a mãe de todas as mães, porventura o Eterno Feminino. 
"Eterno Feminino" terão sido as últimas pa­lavras de Goethe, no segundo Fausto, para designar a atracção que guia o desejo transcendente do homem. Curioso que eu tenha utilizado, na letra, ideias e palavras de Fausto (o Bordalo Dias), mas também de Jorge Palma e, muito especialmente, de José Mário Branco. Na ideia referida de Goethe, o feminino representa o desejo sublimado, o que é proclamado por um coro místico: "O Eterno Feminino atrai-nos para o Alto." 
Em muitas cogitações filosóficas, antropológicas ou místicas, a mulher está mais li­gada do que o homem à alma do mundo, às primeiras forças elementares, e é através dela que o homem comunga dessas forças, encontrando no Amor a grande força cósmica. 
A Virgem-Mãe, Nossa Senhora, é uma encarnação evidente do tema. O Feminino autên­tico e puro é, por excelência, uma energia luminosa e casta, portadora de coragem, de ideal e de bondade a que recorremos em oração e, amiúde, em desespero de causa, clamando pela mãe. Por vezes, escrevem-se canções com esse fito... 
Para Jung, o feminino personifica as tendências psicológicas femininas na psique do homem, como, por exemplo, senti­mentos e humores instáveis, intuições proféticas, sensibilidade face ao irracional, capacidade de amar, a faculdade de sentir a natureza e, finalmente, as relações com o inconsciente.
Se foi nisto que o Jorge Palma pensou quando escreveu, por exemplo, o refrão da "Canção de Lisboa", ou o Fausto, quando redigiu o poema da canção "Ó Mar", que obviamente inspira a segunda e a terceira estrofes, não faço ideia, mas certo é que o José Mário Branco tocou a ferida universal quando descambou num pranto doloroso à mãe já na parte final da épica canção "FMI", à qual roubei palavras que adaptei para a última estrofe e último refrão da minha canção "Mãe".


* Mãe - letra *

Meto à boca o pão
seco, duro como pedra, amor
que não me deste a...
beber do teu suor
o sal da vida salga
a ferida eterna e universal
Sou mais do que animal,
mais que a fera parida
- Mãe -

O que o tempo esqueceu
leva que hei-de voltar ao mar
profundo de um sono meu
Eu sou como quem vem
desamparado pra regressar
ao fundo ventre da mãe
Sou mais do que animal,
mais que a fera parida

- Mãe -

Sou algo que é só meu,
faço comigo o que quiser
Desde que haja amor?
- Amor não dá de comer
Não posso desnascer,
ir embora sem ter de ir embora,
sou deste tempo,
entre fugir de me encontrar
e me encontrar fugindo

- Mãe -

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segunda-feira, março 23, 2020

A canção do meu Pai

Compus e gravei esta canção para o meu pai quando era seu cuidador. O "Naninho" (como eu lhe chamava nestes últimos anos) acompanhou todo o processo, em casa comigo, ao longo de largas horas de prática e gravação, especialmente durante a noite. Apesar da demência, entoou a canção, bateu o pé e meneou a cabeça quando a masterizei e lha mostrei nos phones. Hoje, que o meu pai chegou à sua morada definitiva, divulgo pela segunda vez a canção que fiz só para ele em 2014. Devo ainda mencionar a colaboração do meu querido e velho amigo Nuno 'Dino' Rodrigues, que me recebeu em sua casa, no seu estúdio caseiro, para gravarmos o coro.

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terça-feira, agosto 14, 2018

Videoclip de "Silêncio (Estamos no Ar)"


A canção "Silêncio (Estamos no Ar)" foi apresentada AQUI, no Caderno de Corda, mais precisamente no dia 25 de Março de 2015. Hoje publico o videoclip possível, realizado por mim com recurso ao software Movie Studio 15, mais uma vez pejado de imagens ilicitamente obtidas do YouTube.
Compus, gravei, toquei, cantei, misturei e masterizei integralmente a música em casa (música, letra, baixo, guitarras, pandeireta, vozes, Stylophone e demais instrumentos) no gravador digital de oito pistas Boss BR-800. A bateria foi inteiramente tocada e programada na unidade de ritmo Boss DR-880. Todas as informações no post de lançamento da canção.

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segunda-feira, novembro 02, 2015

A primeira vez com um bandolim nas mãos


Hoje chegou, via Thomann (UPS, mais precisamente), o meu bandolim Ibanez M510E-BS e respectivos aprestos, com cordas Elixir Nanoweb (por colocar) e estojo Rockcase RC 10641 BCT. O post justifica-se em parte pela chegada do instrumento novo, mas mereceu, na verdade, a rara distinção de feitura de um pequeno vídeo pelo facto de ter sido hoje que, pela primeira vez na vida, toquei bandolim - no caso uma pequena amostra improvisada da canção "Rise", de Eddie Vedder, que, como os conhecedores se aperceberão, não apresenta esta estrutura exacta, sendo certo que "aprendi" a canção há pouco, pelo que não sei tocá-la do princípio ao fim de acordo com a estrutura completa e correcta, e de cabeça. De resto, desconhecia até a afinação do instrumento, sendo que o bandolim chegou muito desafinado e temo mesmo que possa estar desequilibrado, uma vez que não afina na perfeição ao longo do braço - algo que terei de verificar com quem de direito em breve. Como se pode ouvir nesta gravação, o instrumento está sempre ligeiramente desafinado, mas nada que eu pudesse fazer quanto a isso, pelo menos para já... Apenas para memória futura, com dedicatória especial ao meu Irmão Ricardo Pinto, que faz 39 anos hoje.

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quarta-feira, agosto 05, 2015

Memórias do Festival... (clique aqui ou na imagem para a inusitada entrevista)

quarta-feira, março 25, 2015

'Silêncio (Estamos no Ar)' - nova canção em estreia absoluta, aquiagora

Como uma velha gravação de um ritmo de guitarra básico, swingado, num pequeno e portátil leitor de mp3, anteriormente usado para gravar entrevistas de trabalho jornalístico, resulta numa canção: 'Silêncio (Estamos no Ar)'. Aquilo eram apenas uns compassos de um ritmo meio repetitivo, mas que sugeriam qualquer coisa extra com facilidade - caminhos diversos por onde deambular sobre terreno pouco atribulado. 
Ora, aqui há uns meses, andava eu, por entre ficheiros mp3 de esquissos modestos e mal gravados, à procura de qualquer coisa açucarada para compor uma canção nova na qual pretendia utilizar novos instrumentos, quando fiz a minha escolha. A melodia da voz surgiu logo quase por inteiro nessa audição distante do ponto de partida. Peguei no meu gravador de oito pistas Boss BR800 e gravei, numa manhã, as guias de bateria, guitarra, baixo, voz (melodia apenas) e melódica. Quando necessário, usei os microfones incorporados do próprio gravador. O importante era o registo das ideias, rápidas neste caso. 
É em particular relevante referir que comecei por compor e gravar sobre uma bateria programada/desenhada por mim com recurso ao software Rhythm Editor do Boss BR800, tal como havia feito em 'Universo de 1', mas que, a meio do processo, acabei por comprar a "unidade de ritmo" "Doctor Rhythm" Boss DR880, que inclui pads dinâmicas e sensíveis que me permitem efectivamente tocar bateria com os dedos. Foi, portanto, no DR880 que toquei e programei a bateria que se ouve em definitivo nesta versão. Recomendo o DR880. Excelente máquina, mas não substitui um baterista. 
Depois da bateria, que inclui pistas de pandeireta, shaker e outros instrumentos (subtis q.b.) de percussão, gravei o baixo - o meu muy estimado Höfner Ignition Beatles Bass VSB, réplica acessível do de McCartney; as guitarras eléctricas (Duesenberg Starplayer TV e Ibanez EX-370); pela primeira vez numa canção, a minha primeira 12 cordas acústica - uma espantosa guitarra Fender Tim Armstrong Hellcat - e, também pela primeira vez, um inusitado e vintage sintetizador analógico de bolso Stylophone Dübreq (o primeiro a ser comercializado, na década de 60), uma Melodica (Thomann, a mais baratinha) e o também sintetizador analógico de bolso, este de última geração, Monotron Delay, performado com inspirada elevação por Modeler (Tiago Almeida Pereira), cuja participação muito me apraz. Por fim, gravei as vozes com o microfone de condensador largo Golden Age Project FC3 - pouca coisa, aliás; seguramente menos do que tinha idealizado, mas oito pistas são oito pistas, como um euro é um euro, ou como estar vivo é o contrário de estar morto. Como já tornei implícito, tudo foi gravado, produzido e masterizado no gravador digital de oito pistas Boss BR-800.  
Quanto ao tema, a lírica é quase naïf, em contraponto com as vozes de dois pulhíticos contemporâneos de grande e escatológica envergadura, como que dizendo ao público (ou a si próprio, ou mesmo outrém de si mesmo, quiçá quem? - a leitura está em aberto, sempre) para prestar atenção à música e vir dançar com ela. Bottom line, é sempre mais do que isso... Em todo o caso, também masterizei e publiquei na página do Reverb Nation uma segunda versão, sem a introdução das ditas vozes, a que chamei de versão "clean cut"
Por fim, mais uma vez consigo gravar todos os instrumentos de uma canção e só depois me apercebo da existência de um lapso na letra cantada (gravada). Assim sendo, justiceira errata, no primeiro verso da segunda estrofe, quando se ouve "a emissão vai começar" deveria ouvir-se "a sessão vai começar". Por esse motivo, mantenho a letra correcta abaixo, independentemente do lapso gravado. De sublinhar, mais uma vez, a colaboração pronta do Tiago Pereira, que pela primeira vez participou na grande aventura cordiana. Ao momento, além de outras vazas à espera de corte, eu, o Bill e o Tomás mantemos uma nova canção por concluir, totalmente captada no estúdio do Bill. A ver vamos o que dela será. Poderá alguém ainda ajudar a concluí-la, ou então não. Bottom line, é sempre mais do que isso, mas, de facto, aqui é a música que interessa. Silêncio! Estamos no ar!


Todas as canções originais estão disponíveis para download gratuito. 

Clique em "download". 

* Silêncio (Estamos no Ar) - letra *

Eu não demoro, volto já
Não se levante do seu lugar
A emissão vai começar
Silêncio, que já estamos no ar...

Silêncio, yo-yo...

Silêncio!
Silêncio!, estamos no ar!
Estamos no ar!...

A sessão vai começar 
Tu no balcão, no melhor lugar
Fica pra ouvir, vem dançar
Silêncio!, que já estamos no ar...

Silêncio, yo-yo...

Silêncio!
Silêncio!, estamos no ar!
Estamos no ar!...

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sexta-feira, novembro 28, 2014

'A Nova Fé (É a Descrença)' - nova canção em estreia aqui e agora

"A Nova Fé (É a Descrença)" resulta de uma delonga invulgar na base do seu processo de produção. Trata-se de uma canção que já estava quase inteiramente escrita e parcialmente gravada (no pequeno Micro BR de quatro pistas) em meados de 2013, mas que eu pretendia regravar e concluir, tal como já havia sido acertado, no estúdio do Bill (Sebastiano Ferranti), que assim iria tocar e captar uma bateria orgânica, por oposição à bateria programada sobre a qual eu havia gravado todo o instrumental (baixo, guitarras, etc). 
Entretanto, já com a bateria do Bill gravada, e sabendo da vontade de dois ex-Baby Jane (Ricardo Tomás e Ricardo Pinto) em participar nas gravações que estavam em curso, optámos por regravar também (além da bateria) o baixo e as vozes. O Tomás estudou a lição e gravou rapidamente a sua linha de baixo em estúdio, mas o Pinto, apesar da dedicação que empreendeu no projecto de canção, teve por fim dificuldade em conciliar agendas, pelo que acabei por gravar as vozes em definitivo, em casa, com recurso ao gravador Boss BR-800 e aos microfones Golden Age Project FC3 e Shure SM58. Teria sido desejável que o Tomás gravasse também vozes, mas, mais uma vez, houve um pequeno desacerto de agendas que fez com que o Bill concluísse os trabalhos com as pistas de voz que eu lhe tinha enviado.  
Quer isto dizer que esta canção é um Frankenstein de produção áudio maquilhado a pó de arroz, mas um Frankenstein domado q.b. - talvez demasiado manso para o que eu desejaria, essencialmente devido à má qualidade do som de guitarra obtido originalmente no Micro BR, que condicionou tudo o resto no processo de masterização. As guitarras foram, portanto, inteiramente gravadas no meu anterior gravador digital de quatro pistas Boss Micro BR, com o respectivo processamento; a bateria e o baixo foram gravados no estúdio do Bill pelo próprio, sendo que o baixo foi tocado pelo Ricardo Tomás; as vozes foram, por fim, gravadas no meu BR-800 em casa e posteriormente enviadas ao Bill; a mistura e a masterização foram concluídas ontem, dia 27, pelo Bill no seu estúdio. 
Sobre a canção propriamente dita, resulta da observação, a partir da janela de minha casa, do desencanto neurótico, da alienação angustiada, da agressividade descontrolada dos transeuntes na rua. Desde que regressei para o centro de Lisboa, onde vivi durante quase toda a vida, notei particularmente uma crescente inquietação existencial pairante nas gentes, que amiúde leva pessoas a descontrolarem-se, insultarem-se e até agredirem-se em plena rua. Desconhecidos, casais, familiares. Uma perturbação generalizada e notória para quem, como eu, passou alguns anos a viver e a trabalhar em casa, fora de Lisboa, numa zona meramente habitacional, sem o bulício da capital. Mas não vou escrever mais sobre a canção do que escrevi para a própria...
Resta dizer que há um lapso na letra cantada (gravada), sendo que, no sexto verso, quando se ouve "olho a cidade enraivecida" deveria ouvir-se "ouço a cidade". Por esse motivo, mantenho a letra correcta abaixo, independentemente do lapso gravado. De sublinhar, mais uma vez, a colaboração do meu Irmão Ricardo Tomás, que gravou o seu primeiro tema comigo no formato pós-Baby Jane. Ao momento, eu, o Bill e o Tomás estamos perto de concluir nova canção gravada a três, mas agora totalmente captada no estúdio do Bill.  

Todas as canções originais estão disponíveis para download gratuito. 

Clique em "download". 

* A Nova Fé (É a Descrença) - letra *

Nunca tantos deveram
tanto a tão poucos
Nunca tantos partiram 
em busca de sonhos

Abeirado à janela
ouço a cidade
enraivecida

A nova fé é a descrença

A fé
no peito
um mar sem pé
A nova fé é a descrença.

Não há dívida tua
apátrida ruga
que pague a não-vida
silente na funda noite
que te engole os dias

Nunca tantos fugiram
de tantos credores
Nunca tantos sedaram
do espírito as dores

Abeirado à janela
vejo a cidade
enlouquecida

A nova fé é a descrença

Longa noite de uma inquisição sem Fé…
o instinto da acção no peito aberto 
e dentro um mar sem pé
revolto e incerto

Nunca tantos deveram
tantos favores
Nunca tantos viveram
como vasos sem flores

Abeirado à janela
sinto a cidade
fria e tensa

A nova fé é mesmo a descrença

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segunda-feira, novembro 24, 2014

Videoclip de 'Universo de 1'


A canção "Universo de 1" foi apresentada AQUI, no Caderno de Corda, mais precisamente no dia 12 de Novembro de 2014. Hoje publico o videoclip possível, realizado por mim, mais uma vez pejado de imagens ilicitamente obtidas do YouTube. Não deixo, obviamente, de referir as fontes de que me abeberei, com todo o respeito:

https://www.youtube.com/watch?v=6DY87zB8_Mg
https://www.youtube.com/watch?v=UWwHJtJR750
https://www.youtube.com/watch?v=dGyZvSSUBgI
https://www.youtube.com/watch?v=arZgrr0tp9s
https://www.youtube.com/watch?v=uQkMTZWEjcU
https://www.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU

Devo acrescentar que o videoclip que aqui se estreia foi realizado por mim em software gratuito. Compus, produzi, gravei, toquei, cantei, misturei e masterizei integralmente a música em casa (música, letra, baixo, guitarras, pandeireta e vozes) no gravador digital de oito pistas Boss BR-800. Todas as informações no post de lançamento da canção.

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quarta-feira, novembro 12, 2014

Regravação de "Universo de 1", versão 2014

Acabada de regravar e publicar ontem no ReverbNation, dia 11 de Novembro de 2014, "Universo de 1" é uma canção já muito antiga que começou inusitadamente pelo refrão, por volta de 1998 ou 99, guardado na memória durante talvez um ano ou coisa que o valha, até que, finalmente, surgiu o resto da canção, escrita, composta e gravada integralmente já no ano 2000, após um regresso de África.
A primeira gravação embrionária do tema (que se pode ouvir isoladamente AQUI), datada portanto do ano 2000, foi levada a cabo pelo João Martins, baixista dos Skamioneta do Lixo, na garagem do Carlos, então um dos músicos da banda Beringelas. À época, contei com a participação do Paulo Amaral na bateria, que integrava, tal como eu, os Baby Jane, sendo que todos os restantes instrumentos e vozes (guitarras, baixo e instrumentação adicional) ficaram a meu cargo. Apesar de ter integrado consistentemente o reportório dos Baby Jane no seu tempo, a canção nunca fez parte de qualquer maquette da banda.
Porque a primeira gravação apresenta inúmeros defeitos, falhas e uma qualidade inferior (descobri há pouco que o master de que disponho se encontra em mono), resolvi regravá-la em casa com o equipamento de que disponho agora. Assim sendo, tudo foi feito no gravador digital de oito pistas Boss BR-800 com o seguinte equipamento: microfone de condensador largo Golden Age Project FC3, microfone Shure SM58, guitarras eléctricas Duesenberg Starplayer TV e Ibanez EX-370, baixo Höfner Ignition Beatles Bass VSB e uma pandeireta. A bateria foi inteiramente programada, ponto a ponto, no software Rhythm Editor do BR-800. 

Todas as canções originais estão disponíveis para download gratuito. 

Clique em "download".

* Universo de 1 (letra) *

Se tudo fosse meu...
o poder de ter o teu e então brincar
no dorso de um animal,
uma cenoura num fio
como um telejornal...

No mundo visual,
cor daquilo que se é ou se pertence...
e sem saber, já se tem religião
como o político que ganhou a eleição

Temos de entrar para poder sair
Partir é chegar e chegar será sempre partir

Se tu pudesses ver
além daquilo que se pode ter,
como átomo e electrão...
pode ser...
como a terra e o sol,
ou inverter...
a escala é nossa invenção,
como dizer?...
tudo isto é anzol
e tubarão

Temos de entrar para poder sair
Partir é chegar e chegar será sempre partir

Temos de entrar para poder sair
Partir é chegar e chegar será sempre a partir,
Sempre a partir...

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quarta-feira, outubro 22, 2014

Videoclip de 'Filho da Minha Vontade (P'ra Lá dos Lençóis)'



A canção "Filho da Minha Vontade (P'ra Lá dos Lençóis)" foi apresentada AQUI, no Caderno de Corda, mais precisamente no dia 3 de Setembro de 2014. Hoje publico o videoclip possível, realizado por mim, mais uma vez pejado de imagens ilicitamente obtidas do YouTube. Não deixo, no entanto, de referir as fontes de que me abeberei, sendo que, na verdade, nem todos os links abaixo muniram de conteúdos este videoclip


Devo acrescentar que o videoclip que aqui se estreia foi realizado por mim em software gratuito. Compus, gravei, toquei, cantei, misturei e masterizei integralmente a música em casa (música, letra, guitalele, guitarras, pandeireta, shaker e vozes) no gravador digital de oito pistas Boss BR-800. Todas as informações no post de lançamento da canção.

n. b. - Porque a audição da música é prejudicada pela qualidade inferior do som pós-upload no YouTube, segue abaixo um player que remete para a mesma, com melhor qualidade de audição, embora em MP3, é certo. Se o estimado leitor quiser pode, em local apropriado, e sem procurar muito, fazer o download desta e doutras canções.

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quarta-feira, setembro 03, 2014

Nova canção "Filho da Minha Vontade (P'ra Lá dos Lençóis)" em estreia aqui e agora

"Filho da Minha Vontade (P'ra Lá dos Lençóis)" terá começado a ser composta em finais de 2013/início de 2014. O primeiro esboço foi ainda apontado no gravador digital de quatro pistas Micro BR, da Boss, mas, entretanto, com a compra do BR-800, acabei por concluir a canção neste último gravador, de oito pistas e mais um par de sapatos. Apesar de ter a canção totalmente composta e gravada (à excepção da voz) há muito (provavelmente desde Março ou Abril de 2014), só na noite passada (madrugada deste dia 3 de Setembro) gravei algumas pistas de voz que faltavam, masterizei e de imediato publiquei no meu quartel-general das canções - leia-se ReverbNation.  
A canção terá tido a sua origem quando tocava o Guitalele GL-1, da Yamaha, que comprei no final de 2013, e constitui, até ao momento, a materialização mais sólida de uma ideia original embalada pelo som desta espécie de ukulele barítono acústico com seis cordas de nylon (uma pequena viola com som de ukulele e afinação em LÁ).
Apesar do andamento mellow da canção, entre aquilo que à partida poderia ser mais easy going (e listening) e aquilo que seria decorrente da minha experiência directa e das minhas preocupações mais prementes e efectivas, optei por escrever uma letra o mais pessoal possível, cujo subtexto é mais agri do que doce. Dedico-a ao meu pai, ainda que ele não o saiba aquilatar.
Antes de enumerar os instrumentos usados na gravação, devo mencionar a colaboração do meu querido e velho amigo Nuno 'Dino' Rodrigues, que me recebeu em sua casa, no seu estúdio caseiro, para gravarmos juntos o coro que se ouve entre os 2'35'' e os 3'07''. Pela primeira vez na história das gravações caseiras desta casa existe por ali outra voz que não a minha, mas deseja-se que o "efeito" seja mais notório e presente no futuro. Estamos a trabalhar nesse sentido e mantém-se a promessa do surgimento abrupto de mais canções no curto prazo - canções essas que estão há muito em linha de produção, embora em stand by de processos.
Por fim, antes da letra da canção, fique registado que, à excepção do coro já referido, gravado em casa do Dino, tudo foi feito no gravador digital de oito pistas Boss BR-800 com o microfone de condensador largo Golden Age Project FC3, uma pandeireta, um shaker artesanal de madeira, um Guitalele Yamaha GL-1 e as guitarras electro-acústica Ibañez EWC-30 de cordas de aço e a eléctrica Duesenberg Starplayer TV.  

Todas as canções originais, à excepção da canção mais recente, estão disponíveis para download gratuito.

Clique em "download".

* Filho da Minha Vontade (P'ra Lá dos Lençóis) - letra *

Vem, deixa-te aninhar.
Perdi-me p'ra te encontrares.
És tu quem me viu nascer...
eu sou Édipo sem querer...

Dorme e come, 
deixa a confusão
p'ra lá dos lençóis.

Vais deixar-me sem memória,
olhos fundos, perdidos, a boiar sem glória,
e eu vou ver como a Liberdade
rouba um beijo às portas da cidade
- saudade de sentir saudade,
filho da minha Vontade...

Bem pode chover lá fora
e nem que a terra trema,
estás a salvo sob a minha asa
numa casa que o Amor sustenta.

Mas eu vou ver como a Liberdade
rouba o Sol à tarde...
Nada temas, volto p'ra abraçar-te.

Não estás só. Não estás só...

Come e dorme, 
deixa a confusão
p'ra lá dos lençóis.

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terça-feira, agosto 05, 2014

Baby Jane nos Reis do Estúdio: todos os momentos mais relevantes

E aqui estão, finalmente, todos os vídeos que, no canal da casa, recordam a participação dos Baby Jane no programa da RTP1 Reis do Estúdio, gravado nos Estúdios 365 e emitido em 1997/98. Da primeira eliminatória, passando pela semi-final e fechando com a final, estão reunidos neste post, em dez vídeos, os momentos mais relevantes da participação dos Baby Jane ao longo de todo o programa. Mais uma vez, um agradecimento indispensável ao Dino Duarte, que, a partir da sua ilha da Madeira, teve a extrema gentileza de me disponibilizar, na íntegra, os programas em que os Baby Jane actuaram.

Baby Jane - entrevista com Ágata (Reis do Estúdio, 1.ª eliminatória)

"A Minha Casinha" (Xutos) por Ricardo Pinto (Baby Jane) - Reis do Estúdio, 1.ª eliminatória


Baby Jane - "Sol da Caparica" (Peste & Sida) - Reis do Estúdio, 1.ª eliminatória


Reis do Estúdio: Baby Jane vencem eliminatória


"A Minha Casinha" (Xutos) por Ricardo Pinto (Baby Jane) - semi-final de Reis do Estúdio


Baby Jane - "Impressões Digitais" (GNR) - semi-final de Reis do Estúdio


Reis do Estúdio: Baby Jane vencem semi-final


Finalíssima do programa Reis do Estúdio: apresentação das bandas


Baby Jane - "Playback" (Carlos Paião) - Final de Reis do Estúdio


Reis do Estúdio: Decisão Final

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Versões de teste de "Street Spirit (Fade Out)" e "Rockin' in the Free World" no YouTube

Pois... é isso... as versões de teste de "Street Spirit (Fade Out)" e "Rockin' in the Free World" chegaram rapidamente ao YouTube, mais especificamente ao canal deste que vos escreve: https://www.youtube.com/user/davireis
Como já havia escrito nos respectivos posts de publicação das referidas canções (AQUI e AQUI), ambas as gravações foram realizadas com o propósito de testar novo equipamento.  

STREET SPIRIT (FADE OUT) - RADIOHEAD - ACOUSTIC RENDITION BY DAVI REIS


ROCKIN' IN THE FREE WORLD (NEIL YOUNG) - COVER BY DAVI REIS

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sexta-feira, agosto 01, 2014

"Rockin' in the Free World", de Neil Young, por Davi Reis. Em teste: Boss BR-800 e Golden Age Project FC3


Audição recomendada com headphones

Depois de uma primeira experiência acústica com uma versão de apenas voz e guitarra de "Street Spirit (Fade Out)", dos Radiohead, chegou a hora de fazer o teste do rock ao gravador digital multipistas Boss BR-800 e ao microfone de condensador largo Golden Age Project FC3, comprados há coisa de quatro meses. 
Assim sendo, toquei, cantei e gravei uma versão da canção icónica "Rockin' in the Free World"  (studio version), de Neil Young, que masterizei duas vezes - uma versão mais "hard" e outra mais "soft", essencialmente por questões relacionadas com volumes. Note-se que a bateria é o único instrumento não orgânico, embora tenha sido, desta feita, totalmente "desenhada" por mim através do software Rhythm Editor, do BR-800, muito à semelhança do que se pode ouvir na versão original de estúdio, embora um pouco mais acelerada (135 bpm). Ambas as versões se encontram desde ontem no player do Reverb Nation - uma à cabeça, temporariamente (hard version), e outra na cauda da lista (soft version). Está bom de ver que gosto mais da versão "hard"...
Usei o habitual baixo Rockson de 80 euros, a guitarra Duesenberg Starplayer TV e, finalmente, de regresso, a Ibanez EX-370 que sempre me acompanhou, de novo engalanada para a acção ao melhor nível, graças às mãos hábeis e cuidadosas do Nuno Carmona, também conhecido como Tarzan.
Como já tinha escrito antes, há várias canções em processo de gravação e composição. Por isso, stay tuned!


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quinta-feira, fevereiro 27, 2014

"Street Spirit (Fade Out)", de Radiohead, por Davi Reis. Em teste: Boss BR-800 e Golden Age Project FC3

Boss Br-800
O tempo das gravações finalizadas no Boss Micro BR pode bem ter chegado ao fim. Muito recentemente decidi fazer um upgrade ao meu equipamento de "estúdio". Entre outras aquisições, comprei o interface/controlador/gravador quase-tudo-em-um digital de 8 pistas Boss BR-800 e um microfone de condensador largo Golden Age Project FC3.





GAP FC3
Para o primeiro teste de som e gravação toquei e cantei uma versão quase "live" (guitarra e voz num take, embora em pistas separadas, sem metrónomo) da canção "Street Spirit (Fade Out)", dos Radiohead, que hoje disponibilizo aqui no player do Reverb Nation. Fiquei especialmente satisfeito com o resultado da captação da guitarra. Porque gravei a altas horas da noite num apartamento, senti dificuldades e limitações, especialmente no que respeita à interpretação vocal, que ficou aquém do que poderia ser.
  
Em breve surgirão novas canções - duas já semi-gravadas no estúdio do Bill e outra começarei a gravá-la muito em breve com o novo equipamento. Stay tuned!

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sábado, dezembro 28, 2013

Videoclip de 'Liberdade É Escrever Canções'


A canção "Liberdade É Escrever Canções" foi apresentada AQUI, no Caderno de Corda, mais precisamente no dia 14 de Junho de 2012. Hoje publico o videoclip possível, realizado por mim, pejadinho de imagens ilicitamente obtidas do YouTube. Não deixo, no entanto, de referir as fontes de que me abeberei, "com todo o respeito":

- http://www.youtube.com/watch?v=LyJrluVyF0c
- http://www.youtube.com/watch?v=M68k-7UMyOQ
- http://www.youtube.com/watch?v=qkasXuGQMZU
- http://www.youtube.com/watch?v=dK2UOlJ7fcY
- http://www.youtube.com/watch?v=G3MGlD53iSg
- http://www.youtube.com/watch?v=ro_dp4s1gAE
- http://www.youtube.com/watch?v=iKoY1txzTew
- http://www.youtube.com/watch?v=rOivicPKdVw
- http://www.youtube.com/watch?v=HFcNPn6Tg2Y
- http://www.youtube.com/watch?v=lNjneiUqsto
http://www.youtube.com/watch?v=FWClBDVtyAI
- http://www.youtube.com/watch?v=CLTThaNNGig
- http://www.youtube.com/watch?v=HbCIBzhv06w
- http://www.youtube.com/watch?v=Vb5kNTK6ads
- http://www.youtube.com/watch?v=iccEebtibfA
- http://www.youtube.com/watch?v=XsBl9vv5Hyw
- http://www.youtube.com/watch?v=V28wk6xSvE8
- http://www.youtube.com/watch?v=6aFPgDtsfPk
- http://www.youtube.com/watch?v=uGjHaC1ygMs
- http://www.youtube.com/watch?v=8QU9T2dDZlg
- http://www.youtube.com/watch?v=itTqG-y6J2k
- http://www.youtube.com/watch?v=QUc3NJdTEBU
- http://www.youtube.com/watch?v=iiblpg5PnW4
- http://www.youtube.com/watch?v=xd6C7Lfaoyw
- http://www.youtube.com/watch?v=CgjlpSlBeNM
- http://www.youtube.com/watch?v=BQQoI8xqdwg

Devo acrescentar que o videoclip que aqui se estreia foi realizado por mim em software gratuito. Compus e gravei integralmente a música em casa (música, letra, harmónica, bateria programada, baixo, guitarras, vozes), à excepção do órgão, tocado por Moisés (Bernardo Rodrigues). Todas as informações no post de lançamento da canção.
 
n. b. - Porque a audição da música é prejudicada pela má qualidade do som pós-upload no YouTube, segue abaixo um player que remete para a mesma, com melhor qualidade de audição, embora num MP3 fraco, é certo. Se o estimado leitor quiser pode, em local apropriado, e sem procurar muito, fazer o download desta e doutras canções.
 
 

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quinta-feira, dezembro 12, 2013

Baby Jane na final do programa Reis do Estúdio (RTP1, 1998)


Finalmente, chegou hoje ao YouTube, pela mão do Dino Duarte, a quem a banda agradece especialmente, o vídeo da actuação dos Baby Jane na final do programa Reis do Estúdio, emitido pela RTP em 1997/98. As actuações da eliminatória e da meia-final ganhas pela banda já haviam sido publicadas AQUI. Nesta final, os Baby Jane foram a última banda a subir ao palco, desta feita com 'Playback', de Carlos Paião.

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segunda-feira, dezembro 02, 2013

Nova canção: Those Were the Good Old Days (trabalho final do curso de Songwriting, da Berklee College of Music/Coursera, leccionado por Pat Pattison)

A meio de Outubro passado descobri o Coursera e inscrevi-me de imediato numa série de cursos em várias áreas de conhecimento. Dois deles iniciavam-se desde logo - Introduction to Guitar e Songwriting, ambos da Berklee College of Music. Ao momento, estou prestes a conhecer as notas finais e a receber os respectivos "statements of accomplishment". Recomendo vivamente o Coursera a estudiosos e interessados em "life learning experiences". Eu já não largo aquilo.
Mas o que interessa ao nosso post de hoje é a publicação de uma nova canção, resultado directo da conclusão do curso de Songwriting, leccionado por Pat Pattison, cujo "assignment 6" exigia, por fim, a composição e a gravação de uma canção completa no prazo de uma semana, de acordo com os preceitos estabelecidos.
'Those Were the Good Old Days' é, na verdade, o trabalho final do curso. Cantada em inglês por motivos óbvios, a canção tinha de ser facilmente identificável pelos pares, além de ter de corresponder a requisitos formais pré-estabelecidos como, por exemplo, a estrutura musical de suporte, em AABA (verso/refrão, verso/refrão, bridge, verso/refrão). O esquema rimático, esse, era livre. Logo na primeira semana de aulas foram sugeridos alguns títulos para o desenvolvimento de ideias - o Pat Pattison ensina a compor a partir de um título, sem letra nem música... Eu gostei logo do hipotético título 'Good Old Days' e formulei, para o trabalho final, a ideia-base da canção: um tipo que teve uma banda que se desagregou com os anos e tem saudade desses tempos; quer fazer alguma coisa em contrário e dirige-se aos seus amigos e companheiros de banda.
A ideia, disposta e desenvolvida ao longo de três "boxes" correspondentes aos três momentos de verso previstos, teria de fazer uso dos ensinamentos de Pat, assentes no uso do seu "tool belt". Seguro do que fazia, introduzi apenas mais um verso, introdutório, logo no início - passem as redundâncias que considero necessárias -, sendo que, assim, a "box 1" alberga dois versos, fechando o primeiro com uma espécie de "pre-chorus".
A trabalhar com deadlines muito curtos e inadiáveis, escrevi, compus, toquei e gravei tudo no período de uma semana, a trabalhar em casa com o Micro BR do costume. Há, no entanto, algo novo a acrescentar na secção instrumental. Voltei a tocar com o pobre baixo Rockson do costume e com a guitarra electro-acústica Ibañez EWC-30 de cordas de aço, mas, à direita do espectro sonoro, temos o meu recentíssimo Guitalele GL-1, da Yamaha - uma espécie de ukulele barítono acústico com seis cordas de nylon (uma pequena viola com som de ukulele e afinação em LÁ), tampo em spruce, corpo em meranti, braço em nato, escala em Sonokeling, tarrachas cromadas e acabamento natural fosco. Devo dizer que este Guitalele é uma fantástica surpresa de apenas 67 euros na Music Factory. Estou mesmo satisfeito.
Porque o "point of view" da canção define que o narrador se dirige aos seus companheiros de banda, dedico este apontamento musical a alguns Amigos, Irmãos e Companheiros músicos que tocaram ou partilharam um palco comigo, além de sonhos, ou com os quais experienciei momentos pessoais e musicais fortes, muito especialmente aos Baby Jane. Esta, sendo singela, em inglês possível expresso sem espuma (tudo numa semana), é pra eles!
 
Todas as canções originais no Reverb Nation estão disponíveis para download gratuito.
Clique em "download".

 
* Those Were the Good Old Days *

Back then, when we were teens,
we played all day in Bill's garage,
everything was coming to our lives.
Those were the days.
No in betweens,
no underage,
no adulthood,
stones slow to roll,
quick to blaze,
those were the good old days.
 
Back then, playing 'till it bleeds,
hopeful and brave, we wouldn't budge
and nothing raised above our motives.
Those were the days.
Like libertines
sweating rage,
lively mood,
all was hand rolled,
lit in haze...
Those were the good old days
Those were the good old days
 
Now we're over thirty,
we meet on birthdays, some bring their ties
wrapped up in their suits to realize
those were the times.
But I'm so thirsty
and in your eyes
I see you would,
with a blindfold,
renounce these ways.
Those were the good old days.
Those were the good old days.
 
Oh, oh, oh, oh, oh
Those were the good old days.
Let's get back...
back together, together, together...
You daydreamers,
tripping on a frantic time propeller...
 
Up the road, songs we ever wrote
will come to haunt us like an ode
if nothing changes in our lives...
those were the times.
Stuck in my throat
a voice testifies,
sings like rosewood
a song to unfold
of future yesterdays.
('Cause) Those were the good old days.

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domingo, outubro 27, 2013

Videoclip de 'O que Há-de Vir'


A canção 'O que Há-de Vir' foi apresentada AQUI, no Caderno de Corda, mais precisamente no dia 27 de Novembro de 2011. Hoje publico o videoclip, realizado com recurso aos primeiros minutos de 'Bench', um vídeo original de Amzakei que se encontra completo no YouTube através do seguinte link:
"A park bench in Hackney, London, shot from spring to winter..." É assim que o autor descreve o seu vídeo. Pleno de simplicidade, e respeitando o conceito, não mexi no filme original. Apenas o cortei, uma vez chegado o fim da canção. O vídeo original dura 8 minutos e 13 segundos. O videoclip, realizado por mim em software gratuito, dura 5 minutos e 3 segundos. 
A música foi composta e gravada integralmente em casa (música, letra, baixo, guitarras, vozes). Mais informações acerca da canção no seu post de lançamento.
 
n. b. - Porque a audição da música é prejudicada pela má qualidade do som pós-upload no YouTube, segue abaixo um player que remete para a mesma, com melhor qualidade de audição, embora num MP3 fraco, é certo. Se o estimado leitor quiser, pode, em local apropriado, e sem procurar muito, fazer o download desta e doutras canções.
 

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