quinta-feira, março 26, 2020

15 anos de Caderno de Corda

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O Caderno de Corda celebraria hoje 15 anos à mesa, entre amigos, abraços e amizade altamente contagiosa, como é seu apanágio. Serve este post para assegurar aos estimados Confrades Cordianos que o Jantar hoje adiado realizar-se-á assim seja possível com estímulo e intensidade redobrados. O Caderno de Corda não vergará.

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segunda-feira, março 23, 2020

A canção do meu Pai

Compus e gravei esta canção para o meu pai quando era seu cuidador. O "Naninho" (como eu lhe chamava nestes últimos anos) acompanhou todo o processo, em casa comigo, ao longo de largas horas de prática e gravação, especialmente durante a noite. Apesar da demência, entoou a canção, bateu o pé e meneou a cabeça quando a masterizei e lha mostrei nos phones. Hoje, que o meu pai chegou à sua morada definitiva, divulgo pela segunda vez a canção que fiz só para ele em 2014. Devo ainda mencionar a colaboração do meu querido e velho amigo Nuno 'Dino' Rodrigues, que me recebeu em sua casa, no seu estúdio caseiro, para gravarmos o coro.

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O cavalo e a corda

Um homem passeava por uma pequena cidade rural quando um cavalo reteve a sua atenção. Parou momentaneamente a observar o animal. Intrigou-o o facto de que aquela poderosa criatura estava presa por apenas uma pequena corda amarrada frouxamente a uma cadeira de plástico. Sem cercas, sem correntes, sem portões de cavalariça. O cavalo poderia, facilmente e a qualquer momento, romper o vínculo à cadeira, mas, por alguma razão, não o fez.
O homem viu ao largo aquele que aparentemente seria o dono do animal e perguntou-lhe como é que o cavalo tinha sido amestrado para ficar ali imóvel, como se estive irremediavelmente preso.
- Bem - disse o proprietário -, é muito simples: quando eles são muito jovens e pequenos, usamos a mesma corda para amarrá-los e, nessa idade, é suficiente para segurá-los. Claro, eles tentam libertar-se, mas rapidamente descobrem que não conseguem. À medida que crescem, são condicionados a acreditar que não podem fugir. Este cavalo, por exemplo, acredita realmente que a corda o impede e nunca procurou libertar-se.
O homem ficou surpreso. O animal podia fugir a qualquer momento, mas acreditava não haver alternativa; estava mentalmente condicionado. Perturbado, o homem prosseguiu o seu passeio, deambulante, e deu por si a questionar-se. "Quantos de nós são exactamente como aquele cavalo indefeso?"

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domingo, março 22, 2020

O estudo científico


Este artigo tem sido aparentemente usado para cortar pela raiz as questões que se levantam em muitos quadrantes quanto à preexistência do dito vírus em laboratório (coisas de teóricos da conspiração - o mesmo que maluquitos; é assim que se descredibiliza quem pensa e questiona em sentido contrário ao da doutrina do medo). 
No que respeita ao artigo da Nature, que por sua vez procede o estudo propriamente dito, não se apresenta, em conclusão, uma certeza comprovada. Está, sim, implícita a propensão (quase o desejo) para concluir no sentido de que o vírus (não consigo escrever-lhe os nomes, mas "esta merda" soa-me bem) não é "uma construção laboratorial ou um vírus propositadamente manipulado". Trata-se de um jogo de palavras tricotado em monólitos de jargão científico hermético, inacessível para o comum dos mortais, e na retórica necessária para conduzir à conclusão previamente imposta, desde logo explicitada na introdução. Por outras palavras, muito simples, este estudo quer concluir algo que, entrelinhas, não é conclusivo. Além do mais, o vírus não teria de ser uma "construção laboratorial" ou "propositadamente manipulado" para que, por exemplo, tivesse simplesmente resultado de um "tweak" laboratorial manipulado irresponsavelmente. Um jogo de palavras facilmente desmontável. 
De facto, de ciência não percebo nada, mas sei que quem tem poder para investir num estudo destes não quererá provar a manipulação ou a proveniência "desta merda" de um laboratório. Qual? Onde? Como? Quando? Porquê? A mando de quem? Se a Nature tivesse nas mãos um estudo que comprovasse tal coisa, eu estaria capaz de apostar todo o meu papel higiénico em como não o publicaria... É preciso ter espírito em tempos como estes... Voltando ao estudo, a certo ponto a conclusão é mesmo revelada como uma (des)crença ("we do not believe"), uma presunção imprópria do método científico:

"Although the evidence shows that SARS-CoV-2 is not a purposefully manipulated virus, it is currently impossible to prove or disprove the other theories of its origin described here. However, since we observed all notable SARS-CoV-2 features, including the optimized RBD and polybasic cleavage site, in related coronaviruses in nature, we do not believe that any type of laboratory-based scenario is plausible. More scientific data could swing the balance of evidence to favor one hypothesis over another."  

Duvidemos sempre. Questionemos tudo.

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sexta-feira, março 20, 2020

Orlando de Brito Simões (20/10/1952 - 20/03/2020)


O meu pai, Orlando de Brito Simões, faleceu esta madrugada com 67 anos. Há cerca de duas semanas esteve internado no Hospital de Santarém, donde teve alta ao final de três dias com diagnóstico de infecção respiratória aguda. Não foi testado para despiste de Covid-19. A médica que o assistiu foi entretanto testada positivamente. Não haverá velório. O funeral terá lugar no Cemitério de Santarém, segunda-feira, pelas 9h30. Apenas poderão comparecer até 20 pessoas.

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sexta-feira, março 13, 2020

"Who is Charles M. Lieber?" ou "Who Framed Charles Lieber?"

quarta-feira, março 11, 2020

Anno XV - O Jantar (convocatória)

O Jantar anual do Caderno de Corda irá realizar-se na data tradicional de 26 de Março, quinta-feira, véspera da celebração do aniversário do blogue (27 de Março). Como sempre, O Jantar realiza-se no restaurante A Valenciana, sendo a participação livre e especialmente dedicada aos indefectíveis Irmãos cordianos e estimados leitores. 'Té já.

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Da paranóia e da neurose colectivas

Lido num livro que está a ser escrito:

"Juntando peças, Jeremias não podia deixar de constatar os preparativos para, em última análise, o nascimento de um estado policial global com um governo invisível, omnipotente, que controlava já o governo norte-americano, a União Europeia, a OMS, a ONU, o Banco Mundial, o FMI e toda e qualquer instituição de calibre semelhante. Estava tudo à vista de todos: o terrorismo promovido pelos governos, que, por sua vez, muniam esse mesmo terrorismo; o controlo da população por intermédio da manipulação dos media e do medo; as crises financeiras forjadas para cavar mais profundos fossos entre o pequeno e o grande capital, e entre ricos e pobres de uma forma geral; as pandemias e as doenças criadas em laboratório com o fito de servir múltiplos propósitos geopolíticos, mas também como forma de produzir um efeito de arrastão pelo qual, ciclicamente, as farmacêuticas colhiam os resultados de campanhas de medo minuciosamente planeadas."

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